Felicidade no trabalho: por que fazemos o que fazemos?

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Neste final de ano, em um trabalho com uma consultoria de marketing, resolvemos revisitar o propósito do Nau. Já estávamos a um pouco mais de 2 anos e meio em funcionamento, e por mais que possa parecer pouco tempo, foram longos dois anos. Em meio a uma pandemia, em um cenário bastante desafiador. Passamos por muitos altos e baixos, mudanças de foco, de estratégia, até que recentemente reencontramos nosso prumo, e nos demos conta que voltamos à ideia original no negócio.

Não um hub de inovação, não apenas um coworking. Somos um Live Space, um complexo de espaços de trabalho, eventos e experiências. E é isso que nós somos, o que sabemos fazer. E me orgulho em dizer que somos muito bons nisso.

Você é feliz no trabalho?

Mas não vim aqui pra me gabar. Apenas trouxe esse relato pois foi esse processo que nos levou à reflexão: por que fazemos o que fazemos? Onde queremos chegar? Minha resposta sincera, mesmo correndo o risco de parecer piegas ou muito romântica para o mundo dos negócios, foi a seguinte: porque queremos criar um ambiente onde as pessoas possam trabalhar e ser felizes.

A partir daí, iniciamos uma nova jornada, assumindo que nosso propósito era proporcionar um ambiente para que as empresas pudessem alcançar seus objetivos, ao mesmo tempo em que as pessoas que trabalham nelas fossem satisfeitas e felizes. Muito ousado? Nós achamos que não. E vou te mostrar porque as empresas deveriam estar mais preocupadas com o tema felicidade no trabalho.

Um estudo da Warwick University, do Reino Unido, concluiu que trabalhadores felizes são 20% mais produtivos que os não-satisfeitos. Uma outra pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. E veja que estamos falando de apontamentos científicos que, por sua natureza, precisam ser mais conservadores na hora de apresentar números. Na prática, a relação deve ser ainda maior. E a satisfação dos funcionários está se tornando tão relevante nas empresas que algumas já adotaram uma nova função no quadro de funcionários: o Chief Happiness Officer (CHO).

Pessoas felizes = trabalho feliz

Ou seja, pessoas felizes dão mais resultado. E é bem simples de explicar. Quando o trabalhador se sente motivado, satisfeito e útil à organização, sua produtividade aumenta, o que faz com que ele consiga entregar melhores resultados. E se dizemos que as pessoas são o bem mais precioso das empresas, nada mais natural que nos preocuparmos com a sua felicidade. 

Mas afinal, o que é felicidade no trabalho? De forma bem resumida, se trata de se sentir motivado com sua função e o escopo de suas tarefas, se sentir realizado com seus resultados, reconhecido e recompensado por eles. É sentir-se confortável nas horas em que está trabalhando, e não apenas torcer pela chegada da sexta-feira ou lamentar profundamente o fim do domingo. Veja, é natural querer mais tempo livre, fazer outras coisas prazerosas quando não se está trabalhando – afinal, trabalho é trabalho, e não lazer. O que não é normal é perceber o trabalho como um fardo, algo negativo a ser evitado.

Em nossa experiência no Nau, vimos que o ambiente de trabalho, entendido como o conjunto de fatores, mas principalmente a cultura, as relações e os espaços, têm um fator primordial no alcance de resultados e na tão almejada felicidade. E se sabemos hoje que os melhores profissionais estão escolhendo onde querem trabalhar, é primordial que os líderes estejam preocupados com o ambiente que proporcionam a suas equipes. 

Este texto teve colaboração de Camila Borelli, CEO do Nau Live Spaces, que é muito feliz fazendo o que faz.

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