Entra ano, sai ano, e as perspectivas são sempre muito parecidas. Metas de crescimento e de margem de lucro, expansão na base dos clientes da casa e novas marcas para atender. É um beabá da administração de negócios que verdadeiramente traz consigo sonhos e desejos profissionais. Aquele impulso que tira a inércia das férias ou do tempo de recesso.
Também é tempo de pensar nas ofertas de serviços da casa, atreladas às tendências de mercado e com as realidades dos clientes. Chegar ao topo no que servimos aos clientes requer muito trabalho (não se engane), e manter-se lá mais ainda.
Ao mesmo tempo, estamos falando de um cenário de mercado instável, que independente do governo que assumiu no cenário político nacional, as marcas estão tateando o melhor caminho para alcançar seus objetivos de negócios em 2023. Os CEOs e CMOs estão sendo mais conservadores, apostando em investimentos com ROIs de baixo risco, depois de um primeiro ano pós pandemia que os comportamentos de consumo consolidaram muitas mudanças na sua forma de realização.
Também começamos o ano com notícias bombásticas, como o rombo bilionário das Americanas, cancelando a sua participação de ultima hora no BBB, abrindo caminho ao Mercado Livre, leia-se um dos principais concorrentes quando falamos de marketplace; ainda destacamos os rumores da compra da gigante C&A pela maior ainda, Lojas Renner.
Ou seja, são tantas incertezas, tantas tendências, quantas expectativas. E nisso tudo, estamos nos aproximando do fim do primeiro mês do ano, pasmem! Então, muito em breve iremos tirar a primeira febre registrada de como tudo isso afeta o nosso negócio! Por isso, na Comunicação dizer que o primeiro trimestre é sempre o mais fraco do ano, quando comparado aos demais, é quase uma unanimidade para maioria dos negócios.
“Tenha suas metas anuais do negócio, quebre-as em trimestres, controle mensalmente, e mude a cultura para atingi-las diariamente.”
Com tudo isso, como ter um espírito empreendedor, e metas para 2023, mesmo cheio de incertezas?
Um dos grandes aprendizados do meu ano de 2022 é encontrar um ponto de equilíbrio em tudo na vida, e nos negócios não é diferente. Aqui algumas boas práticas do meu começo de 2023:
1. Conhecer a Operação de ponta a ponta. Não pelo que te contam apenas, mas pela tua visão. Utilize pesquisas, entreviste ou consulte pessoas. Seja próximo dos processos para compreender se eles funcionam. Por isso, quanto mais dados você tiver, mais terá subsídio para opinar, sugerir ou entender o porquê das coisas;
2. Ter uma base de dados sólida para entender o controle das principais métricas do ano, seja ela, controle de receitas, despesas, timesheet, turn-over, etc. Esse é o primeiro passo para o que vem a seguir;
3. Criar análises com dados, gerando insights de negócios: Qual o produto mais rentável da sua empresa? Qual o que tem grande importância pro negócio mas menor maturidade operacional? Executo realmente dentro do tempo esperado? Quanto tempo em atividades internas de baixa prioridade poderiam ser convertidas para um foco maior em geração de negócios? As possibilidades são infinitas;
4. Planejar gatilhos de investimentos para o ano. Tenha suas metas anuais do negócio, quebre-a em trimestres, controle mensalmente, e mude a cultural para atingi-las diariamente. Conforme você for avançando ao longo do ano, desbloqueie ações de investimentos maiores ou correções de rota. Um dos grandes calcanhar de aquiles não é a falta de previsibilidade do mercado, mas a má preparação para ter poder de reação nas adversidades;
5. Dividir a responsabilidade com outras pessoas do negócio! Pessoas pensam, robôs executam! Coloque a máquina e os processos para atividades manuais e use a inteligência do seu time para a estratégia, que de fato muda o ponteiro da empresa.
E você? Quais ações está tomando para um 2023 de muito equilíbrio e conquistas?
Até a próxima!
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