Networking é tudo, e sempre vai ser

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Existe uma teoria popular, chamada “the small world problem” que diz que cada indivíduo no mundo está a seis graus de qualquer outra pessoa. 

Isso significa que são necessários no máximo seis laços de amizade para nos relacionarmos com pessoas como Beyoncé, o Neymar, ou mesmo o papa. 

Bom, mas você talvez questione por qual razão você ainda não está conectada diretamente a pessoas tão influentes mundo a fora certo? Talvez porque o estudo aponta laços de amizade, ao invés de um simples contato. 

Essa teoria é antiga, e foi testada pelo sociólogo Stanley Milgram num estudo de 1967. 

Para isso, ele realizou um experimento com 300 participantes que tinham que levar uma carta a um indivíduo específico. Mas para isso, eles precisavam passá-la para pessoas que conhecessem alguém próximo a ele.

O resultado foi uma média de 5,5 conexões entre duas pessoas quaisquer nos Estados Unidos, um número bastante próximo dos 6 graus sugeridos.

Diante disso, sabemos que as pessoas se conectam umas às outras por várias razões e emoções diferentes, mas talvez a mais importante delas é: para as pessoas que te rodeiam e confiam em você, a relação vale muito mais que dinheiro. 

As pessoas se relacionam de forma genuína, elas sabem que realizar uma conexão, significa ter acesso às pessoas ligadas às mesmas motivações, como uma amizade sincera e sem interesses, permitindo que eventualmente você desfrute desta mesma influência. 

Um exemplo dessa teoria, que acontece comigo é: hoje sou diretor de Inovação da Acil (Associação Comercial e Industrial de Lajeado). Posição social que exige no mínimo certa relevância na comunidade. Mas como cheguei aqui? 

Eu fui convidado para preencher o cargo por um amigo, que conheci há muito tempo, quando ele ainda ocupava outro cargo em outra empresa. Fui lembrado pelas minhas competências individuais? Claro, mas o que me levou a ter esse nível de reputação foi parte da confiança que eu já havia depositado nele primeiro. Reciprocidade é a melhor moeda de troca entre amigos leais. 

Mas eu só o conheci por conta de uma outra pessoa que na verdade eu conheci através de uma outra, que conheci através de outra e assim por diante. 

O networking funciona mais ou menos assim. Você conhece alguém, essa pessoa conhece outro alguém, e assim vai nascendo uma grande rede de contatos. 

Mas essa rede só vai evoluir caso você se importe de verdade pelos interesses deles, deixando de lado os seus por alguns instantes. É preciso ajudar no sustento da realização do propósito dos outros, do que interessa ao outro. É preciso comprar o discurso que ele construiu e acredita,  porque é o único jeito de transformar o contato que se iniciou recente em fragmentos de gratidão, que são diluídos em pequenos atos diários, com os quais você demonstrou interesse genuíno no que importa para ele. 

Tempos depois ele vai lembrar que a sua lealdade não tem preço, não entra na concorrência, não vira opção 2. Vai haver esforço do outro lado porque você simplesmente foi um amigo, do jeito que gostariam que sempre fosse com você. Todo mundo faz isso? Lógico que não, mas talvez seja por isso que algumas pessoas são melhores relacionadas do que as outras.

O networking é do c****ho

Ele acontece a todo instante porque estamos sempre realizando pequenas ações que nos aproximam de diversas pessoas, que até então, não conhecíamos. 

Olhe para a sua vida e pense: as pessoas que você conhece, provavelmente você as conhece por conta de outras pessoas. 

O cara que trabalha com cenografia de SP que é seu amigo há 20 anos, e você está indicando para o tio de um colega que deseja fazer um evento fora da cidade mas não conhece ninguém lá. Ou então o velho amigo de TI que estudou contigo, e está precisando de uma sala nova porque estão aumentando a equipe, e adivinha? Você joga bola com o dono do prédio, aí você indicou para alugar direto, sem burocracia. 

E isso acontece porque cada conversa é uma oportunidade para expandir a sua rede de relacionamentos. Mas não se esqueça de ser útil de verdade, colocando-se no lugar do outro. Isso volta, acredite.

E não fique parado esperando que as oportunidades apareçam. Ponha a mão na massa!  Participe de eventos, meetups, fóruns de discussão e demais situações que proporcionam a interação com novas pessoas. Ajude as pessoas com que importa pra elas, seja diferente no meio de muitos, porque você é diferente, autêntico, de confiança. 

Contar com essa rede de relacionamento ajuda a nos sentir mais conectados, melhor relacionados e com mais corredor para caminhar.

Afinal, quando você constrói relacionamentos sólidos e com valor, eventualmente você vai colher bons frutos. Os relacionamentos, de certa forma, são isso: uma grande plantação. 

Você vai plantando contatos, networking, corredor, e eventualmente você colhe frutos dessas parcerias. 

Isso não significa que você deve se relacionar com os outros por interesse. A relação deve ser honesta, ética e transparente. 

Mas acima de tudo, nós precisamos entregar para receber depois. O nome disso vocês já conhecem: é a reciprocidade. Ela junto da cooperação. 

No âmbito empresarial, um bom paralelo a traçar entre networking está na popularidade. Quanto mais uma marca se torna conhecida, teoricamente, mais desejada ela se torna. No entanto, lembre-se, nenhum marketing ou relacionamento salva um produto ruim. Capriche na entrega, ok?

Então, quanto mais gente nós conhecemos, mais bem relacionados estamos, e assim temos mais soluções e contatos.

Networking não é sobre o que você sabe ou quem você é, mas sim sobre quem você conhece e consegue se conectar. 

O meu maior ativo, por exemplo, é a minha agenda telefônica. As pessoas que estão ali dentro. Porque elas também conhecem muitas outras pessoas, que conhecem outras e outras, e etc. 

Sacou? 

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