Senso de pertencimento e colaboração são a chave do sucesso das comunidades

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“Os seres humanos não conseguem evitar: nós precisamos pertencer.” Escolhi essa frase do Seth Godin para abrir esse texto porque ela define perfeitamente o que eu penso sobre comunidade. 

Comunidade pode ser um agrupamento territorial. A tua vizinhança é uma comunidade, afinal, vocês têm interesses em comum. Todos querem, por exemplo, que a vizinhança seja um lugar seguro e saudável para se viver (embora essas necessidades possam, claro, ter concepções diferentes para cada indivíduo). Da mesma forma, uma família pode ser entendida como uma comunidade.

Mas não é dessas comunidades que eu quero falar hoje. Nossa pauta aqui são as comunidades cuja afinidade entre os membros é causada pelo interesse em um tema. No livro Tribos, Seth Godin fala que ela, a “tribo é um grupo de pessoas conectadas uma à outra, conectadas a um líder, e conectadas a uma ideia”. 

Ou, como explica o sociólogo Alan Mocelim (2011, p. 105):

“Comunidade é sempre o lugar onde podemos encontrar os semelhantes e com eles compartilhar valores e visões de mundo. Também significa segurança, e é nela que encontramos proteção contra os perigos externos, bem como apoio para os problemas pelos quais passamos. A sociedade pode ser “má”, mas a comunidade nunca sofre essa acusação.”

É a nossa participação, por exemplo, no bolão da Copa no grupo da empresa. Estar ali, fazer parte, participar dos assuntos em comum, ouvir e ser ouvido, colaborar com o colega, faz parte do senso de pertencimento a essa comunidade.

Talvez tu já tenha feito isso (eu já fiz, então…): numa conversa de bar, tu cita “a dica que o fulano deu pra passar de fase” como se ele estivesse ali, do teu lado. Mas, na verdade, ele é uma das pessoas com quem tu conversa sobre um determinado jogo na comunidade de gamers ou de entusiastas daquele jogo em específico. Esse exemplo só mostra como a proximidade das pessoas de uma comunidade faz a diferença.

É importante lembrar que nem todas as comunidades são iguais. Em comum, elas têm um detalhe: um tema central. Pode ser game, como no meu exemplo acima; pode ser a galera que assiste novela e BBB junta no Twitter; e pode ser o pessoal de um nicho de mercado que se une para se apoiar, crescer e aprender juntos. Vou trazer alguns exemplos legais direto do meu dia a dia, espero que gostem.

Que comunidades encontramos por aí?

A @contente.vc, da Dani Arrais e da Luiza Voll, trabalha para promover uma conexão genuína e uma vida digital mais atenta e consciente. Essa preocupação sobre o uso da internet conecta muitas pessoas e, por isso, elas têm uma comunidade superativa em todos os canais. Um dos canais de troca é o grupo no Telegram, onde quase 4 mil pessoas interagem com a Dani e a Lu e, principalmente, entre si. Nas conversas, as pessoas se ajudam enquanto refletem sobre #ainternetqueagente quer, sem custo para os participantes.

Claro que gerir uma comunidade é uma tarefa complexa. Fomentar o debate, se expor, moderar, trazer mais gente… É uma trabalheira só! E conforme a comunidade cresce, ela vai demandar mais pessoas envolvidas nesse processo. Nesse cenário eu lembro da Astrid Lacerda, que fala de dinheiro para mulheres. 

Nós podemos acompanhar o conteúdo gratuito da Astrid nas redes sociais, conhecer outras mulheres nos comentários, trocar, aprender… E tudo isso já é uma baita experiência! Mas podemos fazer parte da comunidade, a Money Class Academy, que ela vai lançar dia 2 de dezembro, para ajudar as mulheres a aprenderem e debaterem sobre dinheiro em um ambiente fechado e, por isso, mais seguro. Afinal, falar de dinheiro muitas vezes é falar de perdas, outras vezes é falar de ganhos – e nem todo mundo quer expor essas intimidades.

Na mesma vibe aprendizado + grupo fechado, como não falar do Clube Share? Não querendo puxar brasa pra esse assado (mas já puxando), o projeto community first do Share é exemplar. Eu aprendo e troco muito com os membros da comunidade nos grupos de whatsapp, queria estar em todos pra não perder conversas (olha o FOMO aí, gente!). Da mesma forma, as mentorias e conversas fomentadas pelas chefas das comus (tento participar mais das comunidades de conteúdo e pejota, mas nem sempre a pauta deixa) nos ajudam a tocar o dia a dia, a melhorar a prática profissional e, claro, a sermos pessoas melhores em um mercado tão complicado quanto o do marketing e da comunicação.

E eu não posso falar de comunidade sem citar o Melhor Discord™️, o Boa Noite Internet. A comunidade criada pelo Cris Dias no entorno do podcast Boa Noite Internet. O pessoal da comunidade ajuda a mantê-la super organizada. Tanto que é dividida em canais sobre os mais diversos temas – e a gente pode passar o dia lá conversando. Mais recentemente, trocamos dicas de promos na Black Friday, assistimos juntos aos jogos da Copa, discutimos a eleição 2022 e, claro, falamos de filmes, séries, livros, arte, games e qualquer assunto que interesse à comunidade (o canal this is pauta tá lá pra isso!). 

A comunidade do BNI entra em um modelo híbrido de negócio: tu pode participar de tudo isso gratuitamente, mas também pode ser membro gold e ter acesso a conteúdo extra (uma news semanal, a gravação das lives – o Boa Noite Internet Secreto – e a canais de conversa exclusivos). 

E vem aí: a ferramenta de comunidades do whatsapp

A gente sabe que o Zuckerberg não joga pra perder, né? Há bons tempos eles investem nos grupos do Facebook como comunidades, espaços onde as pessoas E agora, que o Whatsapp é o mensageiro mais usado do mundo, adotado por empresas, creators e pessoas comuns para a composição de grupos – ou seja, de pequenas comunidades – por que não criar uma ferramenta específica pra isso?

Essa “grande atualização para mudar a forma como as pessoas se conectam nos grupos do WhatsApp que são importantes para elas”, que já está em fase de testes, vai incluir uma nova aba no aplicativo. Poderemos migrar grupos pra lá – e oficializar que eles são comunidades – ou criar algo do zero. Aqui o próprio zap explica o que vem por aí. 

O que podemos tirar desses modelos de comunidade (e de negócio)? Acredito que o grande aprendizado é que “a comunidade não é sobre você, sobre quem a cria. Ela é sobre e para o grupo. E, talvez, você tenha um papel ativo ou apenas esteja ali como um elo forte da corrente que conecta as pessoas. Independente disso, criar uma comunidade ao seu entorno cria movimentos que são maiores do que você – e isso é lindo demais!

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