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team building: bora?

você já deve ter ouvido por aí que sozinho não se vai muito longe. hoje, é sobre isto que irei falar.

nas empresas, dependemos de uma série de pessoas para conseguirmos colocar projetos em prática e conquistar bons resultados.

no mercado do empreendedorismo e gestão, existe um conceito para nomear a busca dessas soluções em conjunto: é o team building. a ideia por trás dele é construir em conjunto.

em tradução livre, significa “construção de equipe” e surgiu na década de 20, na inglaterra, com a publicação do livro the group mind, do psicólogo william mcdougal.

mas apenas mais tarde, entre 1927 e 1932, na cidade de chicago, é que foi consolidada a ideia de team building.

foi durante um estudo de hawthorne, ministrado pelo professor elton mayo, que tinha como finalidade pesquisar a relação entre a produtividade e as condições de trabalho. depois de diferentes etapas, descobriu-se que o fator mais importante é a construção de um senso de identidade de grupo, o sentimento de apoio social e a união entre os funcionários.

o que vem de encontro àquilo que tradicionalmente vemos nas empresas, com gestões hierárquicas e tomadas de decisão de cima para baixo, em salas fechadas.

o grande problema deste modelo tradicional é que, sem vivenciar as experiências dos colaboradores, não há como decidir o que é melhor para eles. ou para a empresa.

afinal, como você consegue perceber onde há um gargalo, um gap, um ponto de melhoria, sem viver isso na prática?

além disso, quando as mudanças são impostas, a chance de gerarem resistência é bem maior, podendo criar um ambiente relativamente hostil de trabalho porque as pessoas estão determinando a forma de trabalhar sem considerar o melhor jeito daquilo funcionar.

um time que constrói

neste processo, é preciso levar em consideração as pessoas que estão na linha de frente: o famoso skin the game, que significa a pele em jogo. ou seja, se eu não boto a pele em jogo, eu não consigo ter a plena consciência de como algo funciona na prática.

isso quer dizer que precisamos envolver aqueles que lidam diariamente com as tarefas, para construir a melhor solução para um projeto.

mas antes disso, você precisa identificar o problema, é claro. há uma frase famosa de uri levine, o israelense cofundador do waze, sobre isto: “apaixone-se pelo problema, não pela solução”.

o que isso significa na prática? bem, a solução lhe cega: se você pensar apenas em resolver, sem identificar exatamente o que está acontecendo de errado, provavelmente você não vai resolver nada.

procurando pelo problema, é possível construir team building, trend offs, one a one, tudo isso para identificar onde há um ponto de melhoria.

ou seja, não deixe de procurar problemas. um grande amigo meu uma vez me disse: “o elogio é muito bom para o meu ego, mas a crítica me empurra pra frente”. e, no fim das contas, só existe um tipo de crítica, que é a construtiva. afinal, com ela podemos ir atrás das melhores ações para resolver aquilo que não está tão bem.

no team building, o foco é trazer quem lida com os problemas para a discussão. é quase como se fosse um grupo focal, se formos beber das fontes dos fundamentos de marketing, onde você pergunta para o público.

mas, aqui, você coloca a equipe para questionar onde há gargalos. são as pessoas envolvidas no processo que podem identificar como solucioná-los.

e isto funciona muito melhor do que acreditar naquilo que você acha e depois tenta impor na “marra”.

um exemplo que eu vivi de “não team building” aconteceu no meu primeiro emprego. lá por meados de 2011, quando voltei do quartel, com meus 18 ou 19 anos. eu trabalhava no setor de produção de balas e pirulitos de uma fábrica.

eu tinha uma função muito simples, que era ficar na ponta da esteira de treze máquinas sequenciais que produziam pirulitos ao longo de 24 horas. eu basicamente alimentava uma esteira dupla com caixas vazias e as recebia com pirulitos. depois, tinha que pegar pirulitos e separar em montes do mesmo tipo, e botar esses montes no estoque onde os produtos seriam contabilizados.

num certo dia, o meu chefe de setor avisou que leu que, devido à ergonomia, a partir de então as pilhas de caixas não poderiam ter mais de 14 unidades. de acordo com ele, deveriam ser apenas 12 caixas, e não poderia ser mais alto que aquilo.

ninguém perguntou para quem trabalhava lá o que seria melhor. mas a gente tentou explicar que o que forçava nossas costas não eram as pilhas mais altas, que estavam na altura dos olhos; o ruim eram as de baixo, pois tínhamos que abaixar para pegar as caixas.

se as duas caixas de baixo da pilha estivessem vazias, por exemplo, a terceira estaria na altura do joelho, e isso facilitaria; mas o responsável insistiu que daquela forma não funcionaria.

nós provamos que dava certo, mas eles insistiram que não. então a gente disse que daquela forma não faríamos, porque nós que executávamos a tarefa não fomos consultados na hora de pensar nas mudanças.

este exemplo deixa evidente a importância de ter uma visão da situação na prática.

de como nós, como empreendedores, devemos realizar treinamentos, fazer workshops, handoffs e colocar a mão na massa.

get out of the building

você não consegue entender o mercado sem sair do seu prédio, e não vai entender um processo da empresa sem sair da sua sala. saia do seu aquário e vá lá fora nadar.

você precisa estar no jogo para sentir o clima da torcida.

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