Meta demitiu 11 mil funcionários, e agora?

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Mark Zuckerberg fez uma carta hoje (09/11) basicamente se sentindo culpado por ter sido otimista demais sobre o crescimento futuro da empresa com base em um surto de pandemia.

O que causou as demissões?

Meta foi atingida por diversos fatores, mas destaco alguns:

  • Desaceleração na economia dos EUA, que impactou na desvalorização das empresas de tecnologia;
  • Crescimento exponencial do TikTok;
  • Perda de dados dos usuários da Apple;
  • Uma escolha de colocar os dois pés no Metaverso.

O Horizon Worlds (metaverso da Meta) está cheio de problemas, e nem que criou costuma usar, veja neste artigo mais detalhes sobre isso.

Lembro quando o Facebook surgiu, apostando fortemente no feed como a grande novidade da rede social. Usávamos o Orkut e achávamos que usaríamos para sempre, mas parece que estávamos errados.

O Facebook evoluiu e criou muitas ferramentas que são usadas em massa no mundo todo, porém, com algo tão grande, é natural que comecem a ter impactos sociais relevantes e seja altamente questionado por isso.

Até ontem a Meta tinha 87 mil funcionários, a redução de 13% é bem considerável, mas ainda deixa a empresa com custo alto.

E começou a ir mal quando enxergamos os impactos de uma empresa ter acesso aos dados do mundo inteiro, como foi nas eleições dos EUA.

E parece que os investidores gostaram das demissões. Depois de muitas quedas, hoje (09/11) as ações tiveram alta de 4%, uma clara mensagem do mercado de que foi algo que deveria ter sido feito.

No último trimestre de 2022, a empresa teve uma queda de 50% no lucro! 50%, meus amigos! Há 1 ano atrás a Meta valia 868,52 bilhões de dólares. Essa semana está valendo 280,31 bilhões.

Mas olhando para alguns números, não parece o fim da Meta.

Afinal, eles têm:

  • 3.7 bilhões de pessoas no planeta Terra que acessam pelo menos 1x ao mês;
  • O mundo tem 8 bilhões de pessoas;
  • Se tirar países que proíbem o uso, metade do planeta usa a Meta.

Vamos combinar que é bem relevante.

Aprofunde mais sobre isso aqui.

Mark Zuckerberg fechou a nota dizendo:

“Bilhões de pessoas usam nossos serviços para se conectar e nossas comunidades continuam crescendo. Nosso core business está entre os mais rentáveis ​​já construídos com enorme potencial pela frente. E estamos liderando o desenvolvimento da tecnologia para definir o futuro da conexão social e a próxima plataforma de computação.”

Uma clara mensagem para acalmar os investidores e um sinal que ainda vai seguir apostando no metaverso.

Seguimos acompanhando.

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Rafael Martins
Rafael é um dos maiores estudiosos do mercado de comunicação no Brasil. Atuou por muitos anos no varejo e agências, ministrando aulas em diversas escolas e universidades do país. É também palestrante em diversos eventos no país.
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