Demorou mas chegou: o empresário sul-africano Elon Musk concluiu a compra do Twitter na quinta-feira (27), após meses de negociação. O fundador da SpaceX e Tesla pagou US$44 bilhões (R$235 bilhões) pela nova aquisição.
Musk ainda não apresentou uma visão clara do que pretende fazer com a rede social, mas já demitiu o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, o conselheiro geral Sean Edgett e a chefe de assuntos jurídicos e de políticas, Vijaya Gadde.
O processo de aquisição, ainda não oficializado, aconteceu após meses de tentativas, desistências e drama.
Um resumo da novela:
Março/2022: Elon Musk começou a conversar com o Twitter e divulgou uma participação de 9,2% no início de abril;
Abril/2022: O Twitter concordou em ser adquirido por cerca de US$ 43 bilhões em dinheiro pelo bilionário;
Maio/2022: Musk expressou dúvidas publicamente sobre sua compra e chegou a afirmar que o acordo está “temporariamente suspenso”, enquanto busca mais detalhes sobre a nova estimativa da plataforma sobre spam e contas falsas;
Julho/2022: No início do mês, o empresário tentou cancelar o seu acordo, alegando que a plataforma não cumpriu suas obrigações contratuais. O Twitter processou Elon Musk;
Outubro/2022: De acordo com uma carta que o advogado de Musk enviou à equipe jurídica do Twitter, o empresário se ofereceu para prosseguir com a compra de US$ 44 bilhões do Twitter.
A confirmação oficial do processo de compra será feita após aprovações de entidades regulatórias, o que deve ocorrer nos próximos dias.
O Twitter como uma “praça pública digital em comum”
Elon Musk postou, na própria rede social, que adquiriu o Twitter porque “é importante para o futuro da civilização ter uma praça pública digital em comum, onde uma grande variedade de assuntos pode ser debatida de forma saudável”.
“Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de eco de extrema direita e extrema esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade”, completa.
Na postagem, o empresário também afirma que o Twitter não será um espaço “onde qualquer coisa pode ser dita sem consequências”, declaração relevante para os anunciantes da plataforma.
Rapidinhas:
- Elon Musk sugeriu que deseja tornar o Twitter um “super aplicativo”, semelhante ao WeChat na China.
- Ele também deixou claro que quer que o Twitter priorize a liberdade de expressão, mas também reconheceu que a plataforma “não pode se tornar um inferno livre para todos”.
- O empresário não deu detalhes sobre o que pretende fazer e quem vai administrar a empresa, mas já afirmou que planeja cortar empregos.
- Apesar de ter dito a investidores que cortaria 75% dos funcionários do Twitter, recentemente disse o contrário aos colaboradores.
- O bilionário também já afirmou que não comprou o Twitter para ganhar mais dinheiro, mas para “tentar ajudar a humanidade, a quem eu amo”.
Fonte: Axios
Imagem capa: TND/Getty
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