Escrever para web é escrever para pessoas

escrever para pessoas
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Esse texto começou pelo título. E, sim, eu me senti meio idiota por escrever uma frase que, para mim, é tão óbvia. Mas que de um modo geral, parece que não foi bem entendida. Eu sei que existem várias regras, boas práticas de escrita pensando na entrega do conteúdo e sua buscabilidade. Sim, SEO. Mas, em paralelo e mais importante do que isso, eu entendo que quando a gente escreve – seja um post de rede social, um post de blog, um texto para um site – a gente precisa pensar nas pessoas. Para quem é esse texto? Como ele vai impactar na vida dessa audiência? Ele vai resolver o problema dela?

Antes de detalhar um pouco mais essa minha reflexão, eu quero deixar registrado meu ranço com texto feito apenas para buscadores. Eu entendo a importância dele, que o uso das técnicas funciona, mas ao mesmo tempo eu entendo que eles geram uma experiência ruim: a pessoa busca uma informação no Google, clica e ela recebe um texto que enrola, enrola…, repete palavras chaves, traz perguntas em H2 (subtítulo) que são vagamente respondidas… Sabe aquele texto feito por um gerador de lero-lero? Pois é!

Conteúdo ou lero-lero, eis a questão!

O que me deixa feliz é ver que os próprios desenvolvedores do Google entendem essa perspectiva. Tanto que a atualização mais recente (disponível no blog de desenvolvedores) fala sobre o privilégio que passou a ser dado na entrega dos resultados de buscas do que eles chamam de conteúdo útil. Ou seja, feito por pessoas, para pessoas. 

Na verdade, eles são categóricos quando afirmam, nas boas práticas: Foque em conteúdo que priorize as pessoas e Evite a criação de conteúdo que prioriza o mecanismo de pesquisa. Em agosto de 2022, quando essa atualização no mecanismo de busca do Google foi lançada, o time definiu como “conteúdo útil” aquele conteúdo original criado por pessoas, para pessoas, que oferece uma experiência mais satisfatória aos visitantes. Para isso, a recomendação é buscar o equilíbrio entre as práticas recomendadas de SEO, aplicando-as sobre um conteúdo que priorize as pessoas.

Enquanto isso, na rede do lado…

Brincadeiras à parte, toda essa conversa sobre conteúdo também precisa dar atenção para o Social Search. Mais do que ser encontrado no Google, nós precisamos de estratégias para ser encontrado nas plataformas sociais. E, para isso, precisamos facilitar a vida das pessoas, aplicando as técnicas de SEO aos textos dos posts. Isso pode ser feito trabalhando palavras-chave nas legendas, incluindo o texto alternativo, planejando em cima das tendências de busca, entre outras. Eu poderia resumir aqui o que fazer, mas o pessoal do Hootsuite já fez esse post bem completo, é só clicar para ler.

Mas, mais do que isso, precisamos entender que caminho as plataformas vão seguir ao longo do ano, para tirarmos o melhor delas. No Instagram, por exemplo, 2023 será guiado por 3 objetivos, como disse o big boss Adam Mosseri nesse vídeo. São eles:

  1. Inspire as pessoas a serem criativas
  2. Ajude as pessoas a descobrirem coisas que amam
  3. Desperte conexões entre as pessoas

Ou seja, as mudanças vão colaborar com a descoberta e o relacionamento. No vídeo, Mosseri foca na conversa entre pessoas, mas como olhamos para as marcas? Temos que focar esforços em ser úteis, ajudando as pessoas nesses processos de descoberta. E, mais do que isso, entender que rede social é REDE e SOCIAL, ou seja, não é panfleto. Elas nos permitem criar comunidade.

E no fim, é tudo sobre elas, as pessoas!

A gente gira, gira e a seta aponta sempre pro mesmo lugar: as pessoas, no centro de tudo. Não importa o tamanho da empresa, se ela é de fundo de quintal ou uma multinacional. Para se tornar relevante, tanto nos buscadores quanto nas plataformas sociais, as marcas precisam aprender com as pessoas. Isso é o que a gente chama de humanização do conteúdo e que não passa necessariamente por grandes investimentos nem pela criação de um avatar, como a Lu do Magalu

Pelo contrário, passa pelo entendimento de que as marcas precisam transparecer as suas pessoas, se comunicando e relacionando com um porquê mais significativo: na ‘Economia da Intenção’, o bem mais valioso é a conexão genuína das pessoas com a marca e seu conteúdo. É o que o Youpix fala nesse post, que é direcionado aos influenciadores, mas cujos preceitos são básicos para as marcas, também. 

É preciso atenção para:

  • se e como a marca dialoga com questões importantes para a sociedade;
  • o foco na comunidade, sendo útil e resolvendo seus problemas;
  • conteúdo de qualidade, com menos fórmulas e mais intenção e impacto;
  • o papel das plataformas, que precisam ser um megafone ao invés de uma casa de conteúdo;
  • as conversas e a aproximação da audiência, métricas que indicam o sucesso do trabalho.

E eu chego aqui com uma sensação estranha, pois me senti falando o óbvio, o tempo todo. Porém, lembrei de uma máxima: o óbvio precisa ser dito. Vocês concordam? Esse texto ajudou você de alguma forma? Conta pra mim, só me chamar no @polilopes.

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