O prazer de ajudar

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Eu sinto realmente um prazer genuíno em ajudar as pessoas e isso não tem absolutamente nada a ver com ser um anjo ou algo assim, eu não sou um. O fato é que me faz bem ser útil para as pessoas quando elas precisam e isso sim está ligado diretamente ao fato de eu ter recebido muita ajuda – e recebo até hoje. Muita gente me estendeu a mão ou me disse coisas importantes ao longo da minha vida, mesmo que na época eu talvez não tenha compreendido que aquilo era uma ajuda. A gente confunde um pouco “ajudar alguém a resolver um problema” com “resolver o problema para alguém”. São coisas diferentes. 

A grande questão é conseguir vencer algo que no fundo também é bom, o fato de sermos seres egoístas. Como assim Alf “ser egoísta é bom ou ruim?”. Pare de achar que a vida é binária, isso não existe. No caso do egoísmo ele precisa estar equilibrado na sua vida sim. Não adianta só pensar nos outros e não cuidar de si, como não adianta só cuidar de si e não cuidar dos seus. É como aquela velha recomendação: “coloca a máscara primeiro em você e depois ajude quem está ao seu lado”. Se cuide, mas não esqueça de cuidar quem está com você. 

Em qualquer tipo de trabalho a gente passa boa parte do tempo pedindo ajuda para alguma coisa. Não importa a hierarquia, não precisa se chefe para pedir, todo mundo pede. Mas ai sempre fico pensando, será que a gente oferece ajuda em uma proporção minimamente parecida ou equilibrada com a que a gente pede? Vamos fazer um teste. Pense na última semana: quantas vezes você pediu algo? Agora pensa quantas vezes você oferece? Tem um mar separando as duas aqui, eu sei. 

Talvez você esteja internamente se perguntando ou querendo me perguntar: mas como eu vou saber quando alguém está precisando de ajuda? Eu sei e você também sabe essa resposta. As pessoas passam dando sinais o tempo todo, com o humor, com as suas expressões, com o seu comportamento. A gente consegue ver, basta que estejamos abertos a perceber isso, basta que de fato a gente esteja com o nosso radar de ajuda calibrado e pronto para fazer isso. Ou até mesmo que a gente comece a prestar atenção de forma intencional, isso também vai ajudar. 

Tem um outro ponto importante aqui: qual o limite para querer ajudar pessoas que não nos ajudam? É um ótimo ponto. Eu sempre gosto de pensar que eu sou responsável por aquilo que eu consigo controlar e isso se limita às minhas atitudes. Eu não consigo definir (apenas pedir) o quanto de ajuda vão me ofertar, mas a grande questão é que de fato esse equilíbrio também precisa fazer sentido pra gente mesmo (um pouco de egoísmo é sempre importante). Então o segredo é alimentar esse ciclo de oferecer ajuda a quem, no fim das contas, também te ajuda de alguma forma. Eu falo “de alguma forma” pois às vezes a ajuda que gosto de “receber” em troca é a gratidão da pessoa. Simplesmente saber que ela valoriza aquilo que fiz ou disse e que isso foi importante, pra mim, já é o suficiente para seguir ajudando. 

Mas é lógico que se eu ajudo, ofereço, me ponho a disposição e isso não tem nenhum tipo de retorno – nem que seja afetivo – uma hora eu largo de mão. A linha entre ser uma pessoa do bem e ser trouxa pode ser tênue! No mundo real a gente precisa sim falar disso, pois ninguém gosta (e nem merece) ficar só oferecendo. Pode até ser bonito, mas não é saudável. 

Existem muitos olhares positivos para relações que se dão através de uma maior e melhor colaboração. Para além de uma atitude moralmente bacana, estamos falando de ambientes mais produtivos. Não tenho a menor dúvida de que um lugar onde as pessoas oferecem ajuda umas às outras se torna um ambiente melhor de se trabalhar, mais saudável, um espírito coletivo vai tomando conta e isso pode trazer muita coisa boa. Eu realmente não acredito em jardins mágicos floridos onde todos estão de mãos dadas com todos, mas também não acredito em ambiente de alta competição onde é cada um por si e só olhando para o seu. Aliás, em qualquer empresa estamos falando de cada um por todos! É uma pena que muita gente não veja isso. 

Outro ponto muito interessante nessa história de oferecer ajuda é a oportunidade que a gente tem de aprender algo novo quando estamos colaborando. Isso é muito rico. Quando a gente experimenta algo, nesse caso como colaborador, a gente tem muito mais chance de aprender do que apenas lendo ou ouvindo alguém falar. Mergulhar nos desafios dos outros muitas vezes é a chance de ter um novo olhar e crescer junto. 

No fim do dia a gente tem muito a ganhar, ajudando. Muitos estudos mostram que isso pode reduzir os níveis de estresse, ansiedade e depressão. Olha que maluco, ajudar o outro, ajuda você a ficar melhor. Se importar (e demonstrar isso) fortalece amizades, vínculos, relacionamentos e isso é fundamental para a vida de qualquer pessoa. 

Sirva para ser servido, isso é fundamental para uma vida mais feliz. Ofereça ajuda, vai fazer bem para você e para quem está ao seu redor. 

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