Os marketplaces se tornaram parte da rotina digital dos brasileiros, que utilizam essas plataformas para comparar preços, explorar novas marcas e aproveitar datas como Black Friday e Dia do Consumidor. Esse ambiente ampliou a entrada de pequenos negócios, que passaram a enxergar nas grandes vitrines digitais uma forma rápida de alcançar clientes.
O interesse em entender como operar nesses canais cresceu de forma consistente. Um levantamento da GS1, organização promotora de padrões globais de identificação, com base nas buscas no Google Brasil em setembro de 2025, revelou quais marketplaces despertam maior curiosidade de quem pretende iniciar ou expandir vendas online, reforçando a influência desse modelo no varejo nacional.
A Shopee liderou o volume de consultas, com 60,5 mil buscas sobre como vender na plataforma. Logo depois aparecem Mercado Livre, com 40,5 mil, e iFood, com 12,1 mil. Amazon, TikTok Shop e Shein mantiveram ritmo sólido, enquanto Kiwify, OLX, Enjoei e Logzz mostraram crescimento consistente em nichos específicos.

A força dos marketplaces no e-commerce brasileiro
O avanço dessas plataformas acompanha a evolução do varejo digital. Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico mostram que mais de 78% das vendas online já ocorrem dentro de marketplaces. Esse domínio é sustentado pela facilidade de entrada, pela estrutura logística e pela visibilidade ampliada em mecanismos de busca.
A consolidação desses modelos também reflete mudanças no comportamento de consumo. A busca por entregas rápidas, variedade e preços competitivos fortalece as plataformas. Esse movimento pressiona marcas de todos os portes a aprimorar operações digitais e ajustar estratégias para competir em ambientes cada vez mais dinâmicos.
Nesse contexto, o ranking revela como diferentes modelos de plataforma se consolidaram. Shopee e Shein, por exemplo, mantêm foco em preço e variedade, enquanto Mercado Livre e Amazon reforçam sua posição com logística robusta e serviços adicionais. TikTok Shop, por sua vez, avança com o apelo das compras por influência.
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Código de barras: elemento obrigatório para quem vende online
A expansão do comércio digital também trouxe maior rigor na identificação de produtos. O código de barras, padrão utilizado para registrar e rastrear itens, passou a ser requisito indispensável para operar na maioria dos marketplaces. Ele garante precisão no cadastro, melhora a integração logística e reduz inconsistências em operações de alto volume.
O aumento da competitividade também influencia essa exigência. À medida que mais vendedores ingressam nas plataformas, a padronização dos dados se torna essencial para evitar erros, acelerar a conferência de estoque e manter a qualidade das operações em ambientes com alto giro de produtos.
Além disso, itens cadastrados com códigos corretos tendem a ter melhor desempenho nas buscas. Isso ocorre porque os marketplaces utilizam informações estruturadas para organizar categorias, evitar duplicidade e oferecer recomendações mais precisas aos consumidores.
GTIN: identificação global cada vez mais exigida
Além do código de barras, cresce a exigência do GTIN, o Número Global de Item Comercial. Trata-se do identificador utilizado internacionalmente para diferenciar cada produto, permitindo rastreabilidade, controle tributário e padronização entre empresas e governos.
A obrigatoriedade do GTIN nas notas fiscais avança em diversos estados. O Espírito Santo já implementa uma nova fase de validação eletrônica, que impede o processamento de documentos com códigos divergentes ou inexistentes. Essa medida integra um movimento de modernização fiscal e reduz falhas que impactam marketplaces e operações próprias.
A padronização fortalece a profissionalização do varejo digital. Com marketplaces cada vez mais competitivos, operar com identificação correta, documentação alinhada e informações estruturadas deixou de ser apenas conformidade técnica e se tornou fator estratégico para um crescimento sustentável no ambiente online.







