Web Summit 2019: o terceiro dia do evento!

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Você achou que o maior evento do mundo sobre tecnologia e inovação já tinha acabado? Nada disso! Estamos aqui para o terceiro dia de Web Summit 2019.

Antes de mais nada, se você não viu os últimos posts aqui do blog, sobre o primeiro e o segundo dia de evento, vamos deixar aqui pra você conferir tudo 😉

Como foi o primeiro dia de Web Summit? Clique aqui \o/

Clique aqui e confira tudo o que vimos no segundo dia do evento!

Agora sim, podemos dar início ao terceiro dia evento!

Começamos o dia pelo palco principal.

1# The promise and peril of the digital age

A primeira palestra que vimos foi com Brad Smith – President, Microsoft.

Já começamos o dia pensando sobre a década que está a nossa frente: com alta potência nos computadores, a nuvem mudou a nossa forma de acesso e armazenamento dos nossos dados, AI, entre tantas mudanças e evoluções, começamos a refletir o que nos espera daqui pra frente?

  • Mais nuvens, mais inovação em relação aos nossos dados;
  • 5G + ambientes computadorizados (mais uma vez o 5G vira assunto por aqui)
  • AI e AGI. Para explicar melhor: AI seria a Inteligência Artificial que tem como foco a cognição humana. Já a Inteligência Artificial Geral, tem como foco a capacidade intelectual dos humanos. AGI leva em consideração atividades que hoje não temos robôs que possam executar, pois não possuem a inteligência humana. Você pode entender melhor sobre essa diferença aqui.

“Tudo isso vai trazer uma mudança extraordinária na próxima década e toda essa mudança, toda essa globalização só é possível por causa da tecnologia.”

Estamos na era da ansiedade e a AÍ vai fazer com que os desafios sejam ainda maiores. A tecnologia pode não ser nova, mas a questão é:

1956 nascimento da inteligência artificial e ainda estamos falando sobre as aplicações dessa tecnologia em nossas rotinas. Tudo isso leva tempo, vemos filmes com robôs há muito tempo e até hoje estamos estudando como utilizar as tecnologias disponíveis.

Agora, corremos pro palco ContentMakers.

2# How every brand became a content creator, and every content creator a brand

Um painel para falar sobre como os criadores de conteúdo, influenciadores e celebridades monetizam o seu conteúdo e desenvolvem sua marca. O papo foi com:

  • Ian Somerhalder – Actor, Ian Somerhalder;
  • Eyal Baumel – CEO, Yoola;
  • Dylan Collins – Founder & CEO, SuperAwesome

Ian contou sobre sua experiência ao fazer Vampire Diaries. Na época ele estava focado no trabalho, mas as pessoas começaram a dizer que ele tinha potencial de expandir isso nas redes sociais, através de mídia.

“Eu não queria fazer isso, queria focar no meu trabalho e criar esse personagem. Mas então reconheci uma coisa que era a capacidade de se conectar com as pessoas.”

Um dos pontos levantados é sobre a forma que as próprias plataformas começaram a direcionar o seu uso para criadores de conteúdo. O YouTube por exemplo, ele te dá insumos e dados para que você entenda como funciona e se desenvolva dentro da plataforma. Você gera dinheiro para ganhar dinheiro.

“Faça o bem, faça bem feito, mas faça de forma autêntica.”

A maior diferença agora é entender qual a plataforma você vai usar para ajudar a sua comunidade. Os criadores de conteúdo estão relacionados às causas, aos grupos e isso é muito legal! A questão é que com tantas opções de redes sociais, você precisa fazer escolhas e criar para determinado território.

“Existe tanto conteúdo sendo criado, parece que estamos nos afogando.”

3# Private messaging by design

Agora é hora do papo sobre a segurança e a experiência das mensagens no Facebook Messenger, com Jay Sullivan – Product Director, Facebook e Joseph Menn – Tech projects reporter, Reuters.

O Facebook foi criado como uma praça pública, um espaço aberto para você encontrar o seu grupinho e se divertir, mas com o passar dos anos o mundo mudou e os comportamentos mudaram. Hoje, quando conversamos com as pessoas, queremos privacidade, queremos segurança.

 

O Facebook tem se ajustado para a aplicação da lei de privacidade, mas o Facebook também tem um acordo de cooperação com o governo, para ações que possam acabar com crimes ou qualquer situação que não seja bem vista dentro da rede. Então conforme a Lei vem sendo aplicada, existe esse outro lado onde o acesso aos dados pode ser útil para o combate dentro da rede.

“Você não pode dar acesso aos mocinhos, sem dar acesso aos bandidos, se você criar alguma solução alternativa para a criptografia ou o que chamamos de backdoor, isso será abusado e os bandidos entrarão em ação.

Então, por exemplo, existe um cara de meia idade que mantém contato com garotas de 17 anos, eles não têm ninguém em comum. Ele recebe muitos pedidos de amizade rejeitados. O que você pode fazer com essa informação?.

Existem muitos sinais comportamentais dentro da rede e o Facebook pode ser muito eficaz no combate e na prevenção de assédios, crimes e outras atitudes. A questão é como fazer e como obedecer a Lei?

O que pode e deve ser realizado por exemplo, é uma educação do usuário de acionar os responsáveis ao ver algum sinal de algo errado acontecendo. Denunciar é um dever de todos e não apenas da plataforma, assim fica mais fácil de identificar qualquer foco criminal ou fora de conduta.

4# The real-time revolution

Permanecemos no palco ContentMakers e passamos para a palestra do Clive Downie – CMO, Unity Technologies.

A tecnologia criada para gamers está mudando a nossa forma de criar e consumir conteúdo. Estamos abrindo possibilidades muito mais imersivas com o 3D em tempo real. Se você está jogando, atualmente, você está fazendo parte dessa transformação.

Hoje existem cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo que jogam. A indústria gamer superou qualquer outra forma de entretenimento, com 150 bilhões de dólares investidos por ano.

E o que chama a atenção nos jogos? Você está no controle, você decide para onde vai. É isso que as pessoas gostam, elas tomam as decisões 100% do tempo. O diferencial do 3D é que a criatividade acontece na velocidade do pensamento, o que proporciona uma experiência ainda mais intensa.

“O 3D em tempo real será o próximo meio criativo digital que acreditamos que todo o conteúdo digital será produzido. É uma revolução na criação de conteúdo que está acontecendo.”

Se você ainda não pensou nisso, é hora de ver as possibilidades de abalar o mundo da criação de conteúdo para as próximas gerações.

5# View from the kingdom

O papo dessa vez foi entre Humam Sakhnini – President, King e Dave Thier – Senior Contributor, Forbes.

Quem aí já jogou CandyCrush?

Você sabia que CandyCrush e King representam juntos uma comunidade de 250 milhões de usuários ativos? Sendo que cerca de 1 bilhão de pessoas chegaram a usar o jogo ao menos por um momento. É gente pra caramba, né?

“Não se trata apenas do jogo que fizemos sete anos atrás. É sobre o jogo que gerencia todos os dias e gera muitas mudanças todos os dias, o jogo mudou demais nos últimos sete anos.”

E a monetização do jogo?

“Então, o que é mais importante na maneira como projetamos nossos jogos e como projetamos os doces. A grande maioria dos jogadores é capaz de completar todos os níveis, sem monetizar isso.”

E como você pensa sobre o público dos jogos? No caso do CandyCrush, o público é extremamente diverso, não é um jogo projetado para homens, por exemplo.

Então o grande ganho do CandyCrush hoje, não é apenas o número de pessoas que ele atingiu, mas também a qualidade dessa comunidade. São pessoas de diferentes lugares, de diferentes gêneros e diferentes comportamentos. É um jogo universal, isso gera mais criatividade, mais inovação e mais possibilidades!

6# Multi-platform media: The digital challenge

Depois desse papo sobre games, passamos para um painel sobre a nova cara da mídia tradicional. O que os meios tradicionais e digitais precisam fazer para crescer em diferentes plataformas? O papo foi com:

  • Larry Fitzgibbon – Co-founder & CEO, TasteMade
  • Victoriya Boklag – CEO, United Group
  • Kelly Bales – Executive Director, Creative Video Development, Condé Nast Entertainment
  • Erika Allen – Executive Managing Editor, VICE Media LLC

O papo começa com uma reflexão sobre como as mídias tradicionais precisam não apenas pensar em si, sobre sua evolução como forma de entrega, mas também na transformação que está acontecendo com as pessoas. Quais são os novos padrões de consumo?

O Tastemade, por exemplo, cria conteúdo em sete idiomas diferentes, com escritórios no Brasil, Argentina, Tóquio, Xangai e Londres, onde criam uma programação original todos os dias.

“Nossa abordagem para isso tem sido ampla para realmente capacitar nossas equipes em todo o mundo a criar o conteúdo. Nós realmente acreditamos que eles entendem o público e o que é de interesse deles.”

Uma questão importante citada é sobre a sua sintonia com o público e sobre sua equipe. A sua equipe precisa estar em sintonia com o que o seu público busca. Isso vai refletir nos seus próximos passos (mais uma vez, as pessoas no centro).

7# The New York Times: Storytelling and brands

O The New York Times se destaca por diversos motivos e um deles é ser um ótimo Storyteller, viemos ouvir a palestra do Graham McDonnell – International Creative Director, The New York Times e entender melhor como funciona 😉

Ele já começa expondo que o problema atual é que estamos completamente saturados de publicidade (e não tá errado, né?). E já sabemos disso, então o que estamos esperando para parar com as interrupções e entregar para as pessoas o que elas realmente têm interesse em saber?

“Todo mundo adora boas histórias, desde as pinturas rupestres, os hieróglifos, uma boa história é a melhor ferramenta para se comunicar.”

O que você precisa para criar uma boa história:

  1. Um personagem
  2. Um obstáculo, um problema, uma dificuldade;
  3. Resultado, finalização, desfecho.

Na maioria das vezes, as marcas falham já no segundo ponto. Elas querem falar apenas sobre o personagem/o produto e não amarram as informações de forma relevante ou atrativa. Sendo que deveria ser diferente, o cliente deveria se sentir o próprio personagem / herói da história e você, como marca, ajudá-lo a alcançar o objetivo ou superar o desafio da história!

“Você pode ter o melhor conteúdo do mundo, mas se você não encontrar a melhor maneira de dar vida a ele, não será eficaz.”

Assim, você cria uma conexão e o público começa a confiar na marca. Olha, mais uma vez falando sobre confiança entre público e marcas 😉

“Mantenha o público envolvido. Verifique se está fazendo as coisas de uma maneira que todos entendam.”

8# Immersive entertainment: The next generation

Vimos também a palestra do Mike McGee – Co-founder & Chief Creative Officer, Framestore, que fala sobre o ramo do entretenimento.

O público quer mais do que um bom filme – eles querem uma experiência memorável. Como as marcas podem desenvolver novas possibilidades para o envolvimento do público por meio de entretenimento? As pessoas passaram a apresentar um novo comportamento com o passar dos anos.

“Não queremos apenas assistir, nós queremos gravar, enviar, compartilhar.”

Para a nossa nova forma de viver, AR e VR são mundos cheios de possibilidades, capazes de proporcionar um ambiente 360º imersivo. É isso o que queremos, um filme, uma tela, isso não faz mais parte da realidade.

Aqui você pode ver o case que não exigiu nenhum dispositivo para proporcionar uma experiência incrível! Vale conferir 😉

9# A picture is worth a thousand words

Essa palestra tivemos a chance de ver o Rankin – Photographer & co-founder, RANKIN e o Rob Schwartz – Asia Bureau Chief, Billboard conversando sobre o que Rankin aprendeu ao ver a vida por trás de uma lente.

Rankin compartilhou que a sua profissão é guiada por suas paixões. A cada retrato, ele se apaixona por quem está do outro lado da câmera. Sem paixão, ele não conseguiria traduzir o seu talento em imagens. Rankin já fotografou diversos famosos como Kate Moss e David Bowie.

Aqui você pode conferir o Instagram do Rankin 😉

E a edição fácil, rápida, direto do celular?

Hoje temos acesso a uma enorme quantidade de aplicativos e programas de edição de imagem, mas para o Rankin isso não muda nada.

“O Photoshop é como uma sala escura, você pode criar o que quiser, mas essa sala escura existe há anos, desde quando você só tinha a câmera na mão.”

Saber editar pode ser legal, mas nada substitui o conhecimento em capturar as imagens, lidar com as configurações de uma câmera, isso não tem substituição.

10# The business of GIF$

Opa, eu ouvi Giphy? Tivemos a chance de ouvir uma palestra com o Alex Chung – Founder, GIPHY.

A publicidade é o sistema mais rentável na Internet, como todo o tipo de conteúdo existente na Internet chegou de forma gratuita, era a publicidade que pagava por isso. Então é exatamente isso que fazemos: publicidade.

“Você gasta todo o seu tempo nas redes sociais, sem gastar um centavo, mas nos últimos sete anos, isso criou centenas de bilhões de dólares e o segundo mercado publicitário mais lucrativo na Internet, neste ano foi do Google.”

Nós estamos vivendo um momento em que enviamos publicações, enviamos mensagens e também estamos enviando gifs! Nós adoramos a forma que o gif nos representa e isso faz com que ele seja também um tipo de linguagem.

“Nós estamos envelhecendo, estamos cansados ​​da festas, estamos cansados ​​de sair e de socializar. Só queremos nossos amigos íntimos e queremos poder nos expressar.”

Hoje temos mais de 10 bilhões de gifs enviados diariamente. Com um mecanismo de pesquisa que recebe mais de 1 bilhão de pesquisas por dia.

O Giphy está trabalhando para se tornar a maior rede de distribuição do mundo, para que consiga alcançar 700 milhões de pessoas todos os dias. Hoje, não há outra rede que faça isso por você, se você está em busca desse alcance, o Giphy é o seu lugar.

“Nós estamos sempre falando sobre conteúdo e sobre como envolver as pessoas.”

O nosso problema no momento é que a publicidade está estragando as coisas e precisamos consertar a publicidade para que a gente consiga manter esse fluxo.

11# Baby shark: Creating a multi-billion dollar monster

A última palestra do dia (hoje foi cheio, né?) foi sobre o viral Baby shark (só eu já estou com a música na cabeça?). A palestra foi com Ryan Lee – Co-founder, SmartStudy, o homem por trás do peixe mais famoso do mundo.

A empresa educacional lançou a música que virou um grande sucesso entre os pequenos (e também não sai da cabeça de muitos adultos), mas a questão é:

“Fizemos duas coisas que queríamos maximizar: a exposição e o efeito, e isso manteve a sua consistência. Você pode ver que o nosso conteúdo é muito bom, através de um tom cativante.”

Mesmo que o glamour de se tornar viral seja incrível, a palestra também levantou pontos importantes sobre como não podemos deixar de pensar na rentabilidade do negócio, afinal, a gente precisa bancar a empresa. Ou seja, você precisa desenvolver também os seus produtos, os seus personagens para que isso gere o desejo nas pessoas e a distribuição do seu conteúdo.

Hoje as pessoas sabem quem é Baby Shark, por conta do viral, mas elas precisam ter outras formas de investir no produto e não apenas apreciá-lo durante alguns meses até a onda passar.

Nossa, o dia foi super intenso e com muitos conteúdos (deu pra perceber, né?). Estar aqui é uma experiência única e queremos compartilhar o máximo de coisas e novidades com você 🙂 Amanhã tem mais! o/\o

Um super obrigado aos nossos patrocinadores Bradesco, TudoAzul e também aos nossos parceiros Pmweb, GlobalAD, KingHost, GetResponse e MLabs, por nos apoiarem nessa cobertura!

Fique com a gente e acompanhe muito mais sobre um dos maiores eventos do mundo! 😉



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Cíntia Carvalho
Cintia Carvalho é publicitária de formação, com 9 anos de experiência em marketing digital. Há 6 anos faz parte do time do Share, uma das maiores plataformas de educação para o mercado de comunicação do país, onde atualmente é CMO liderando o time de Marketing. Já realizou a cobertura de alguns dos principais eventos de inovação, tecnologia e marketing como Web Summit, DMEXCO e Viva Tech.
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