O poder do aprendizado contínuo para se manter relevante

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Já perdi as contas de quantas vezes li ou ouvi alguém expressar a preocupação de perder o emprego por conta dos avanços tecnológicos, principalmente devido à Inteligência Artificial. Em todas essas vezes, o que vinha a seguir era a ideia de que os profissionais serão substituídos por aqueles que souberem usar a tecnologia, e não por ela em si.

Entrei no mercado de trabalho aos 17 anos. A tecnologia que existia há 15 anos não era assustadora para mim: já utilizava computador, e-mail e telefone em casa e na escola. Meus primeiros desafios estavam mais ligados a aprender a trabalhar: entender quais seriam minhas responsabilidades e o que precisaria fazer no dia a dia. Com o passar dos meses, tecnologias que hoje não fazem mais parte da minha rotina foram sendo incorporadas, mesmo que de forma esporádica. Aprendi a usar fax, preencher cheques e enviar correspondências. Coisas que hoje quase não aparecem no meu trabalho ou na minha vida.

O começo da minha trajetória profissional coincidiu com o meu ingresso na universidade. Em 2010, ainda utilizava comunidades no Orkut para me conectar com colegas da faculdade, e levou alguns anos até que o Instagram e o WhatsApp fizessem parte da minha rotina, plataformas que hoje estão integradas ao meu dia a dia de forma natural.

Onde quero chegar com isso?

Talvez em um ponto de tranquilizar você quanto a esse medo da tecnologia. É claro que, como profissionais de comunicação, marketing e tecnologia (ou qualquer que seja a sua área de atuação), precisamos estar atentos às mudanças do mercado, conhecer as ferramentas e tecnologias que surgem em nosso campo.

Testar, estudar e entender como elas podem nos auxiliar no dia a dia do trabalho. Afinal, é para isso que as tecnologias surgem: para melhorar e facilitar processos.

Ao trazer a visão de que as mudanças fazem parte da nossa rotina e que elas sempre vão acontecer, não quero dizer que você pode ficar alheio a elas, mas que isso não precisa tirar o seu sono nem paralisá-lo ao se deparar com termos como agentes de IA, LLM ou RAG.

Quanto antes entendermos que somos seres em constante desatualização — pois, a cada dia, novas tecnologias surgem —, mais cedo vamos incorporar ao nosso repertório (e à nossa rotina) conceitos como lifelong learning, upskilling e reskilling.

Lifelong Learning

Esse é o conceito principal deste texto: o aprendizado contínuo ao longo da vida.
Sabe aquele pensamento de que, ao sair da faculdade, não vamos mais precisar estudar? Bom, isso não é verdade. Mesmo adultos, precisamos continuar nosso desenvolvimento — seja de forma formal ou informal. O aprendizado ao longo da vida é uma das principais habilidades profissionais, aparecendo nos últimos relatórios Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial.

Segundo o relatório, 39% das habilidades atuais devem ser transformadas ou se tornar obsoletas entre 2025 e 2030.

Upskilling

Significa aprimorar habilidades já existentes ou desenvolver novas competências dentro da mesma área de atuação. Ou seja, um profissional de comunicação que busca se desenvolver e entender como incorporar novas tecnologias ao seu trabalho. Nesse conceito, há uma atualização do conhecimento já adquirido, incluindo novas ferramentas, tecnologias e formas de realizar as atividades dentro da área de conhecimento.

Porém, o relatório Future of Jobs traz outro dado importante: 19% dos profissionais podem ser requalificados e realocados em outras áreas da organização. O que nos leva ao próximo conceito: o reskilling.

Reskillin

Você provavelmente conhece alguém que, no último ano, passou por um processo de transição de carreira. A Catho, plataforma de empregos, divulgou uma pesquisa segundo a qual 42% dos brasileiros pretendem trocar de carreira em 2025. É aqui que entra o reskilling: a requalificação profissional para atuar em uma nova função ou área, diferente da original. Uma das principais motivações é alinhar-se às novas oportunidades do mercado.

Independentemente da motivação — seja crescer na área atual ou migrar para uma nova —, é fundamental buscar formas de qualificação.

Aprender não acontece apenas dentro de uma sala de aula. Leituras, podcasts, conversas e networking também ampliam nossos repertórios, desenvolvem competências e fortalecem nossa capacidade de lidar com as demandas do trabalho.

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Cíntia Carvalho
Cintia Carvalho é publicitária de formação, com 9 anos de experiência em marketing digital. Há 6 anos faz parte do time do Share, uma das maiores plataformas de educação para o mercado de comunicação do país, onde atualmente é CMO liderando o time de Marketing. Já realizou a cobertura de alguns dos principais eventos de inovação, tecnologia e marketing como Web Summit, DMEXCO e Viva Tech.
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