Uma mensagem aos profissionais que não estão nas grandes agências.
Dia 01 de fevereiro foi o dia do publicitário/a. Parabéns pra você que está nessa profissão há alguns anos, e ainda não consegue explicar para seus familiares o que você faz, e constantemente é questionado na mesa do bar: mas e aí, que campanha que tá na TV que você fez?
Infelizmente a publicidade tem inúmeros problemas. E um bem importante é como ela se centraliza na publicidade do eixo Rio/SP. Nesse caso ainda mais na capital paulistana.
É claro que com esse artigo eu não quero, de alguma forma, criticar meus bons amigos e amigas da publicidade de São Paulo, que enfrentam seus próprios desafios. Mas o fato é que essa centralidade das marcas e grandes negócios em São Paulo, inevitavelmente, acaba gerando esse sentimento de não identificação com a profissão por boa parte da parcela profissional que não está nesse centro, ou que não atua para essas grandes marcas.
Nesse momento eu me lembro de uma das minhas professoras, na graduação de publicidade, em uma universidade em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, que sempre me dizia assim:
“fazer chorar com [insira a marca dos seus sonhos aqui] é mais fácil. Eu quero ver emocionar, e criar grandes campanhas, tendo que vender coxinha da asa a R$12,30 só hoje no dia D do frango do mercado do interior.”
O que ela estava dizendo, obviamente, é que não significa que pessoas que não estão nas grandes marcas não são bons/boas profissionais. Mas que isso está diretamente ligado às oportunidades que você teve ao longo da sua carreira, e não à sua competência.
E também não significa dizer que as pessoas que estão nessas grandes empresas não seriam capazes de criar para marcas menores, com desafios de venda diário. Longe disso. Apenas que esse não é mais um limitador nesse cenário, como enfrentam diariamente estes profissionais de mercados menores.
Esse artigo tem um único objetivo: lembrar que profissionais de marcas de interior, marcas menores, pequenas agências, profissionais que trabalham de forma independente, etc. são profissionais tão importantes para essa indústria, quanto àqueles do escritório incrível nos bairros luxuosos e descolados de São Paulo.
Às quase 40 mil pessoas do grupo Escola Social Media no facebook, as mais de 40 mil do grupo Entusiasta da Social Media, as mais de 3500 mil pessoas só aqui no Clube Share, aos mais de 6 mil publicitários/as que se formam todo ano nesse país, em uma profissão que pode ser tão desvalorizada, eu queria muito dizer: o trabalho de vocês (nosso) é muito importante para essa indústria.
Uma profissão em que somos constantemente cobrados por atualizações, e que nos coloca diariamente frente a clientes que têm imensa dificuldade em perceber o valor do que a gente faz, eu queria muito que você entendesse que essa é uma profissão muito incrível, e que se for de fato o motor que faz a roda da economia girar, certamente somos pistões importantes dessa máquina aqui.
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