Mundo remoto, todos distantes fisicamente, mais do que nunca nossa comunicação passa pelo principal meio de comunicação profissional. O às vezes criticado quando enviado em excesso, ora muito esperado quando a notícia é da formalização de uma proposta de trabalho. Ou mesmo, na maioria das vezes, com um conteúdo que gera preocupações e sequências de atividades. Ainda estou falando do correio eletrônico (para os dinossauros da internet), ou e-mail, para a grande maioria.
O objetivo aqui não será falar das boas práticas do envio de um e-mail “com pé e cabeça” (mesmo parecendo básico, é motivo de muita confusão no nosso dia a dia). Mas trataremos sobre o que vem antes da ferramenta em si – a comunicação, como trânsito de informações, de negociações, de discussões, e outras tantas maneiras de trabalharmos através do coletivo.
O que é “se comunicar” para você?
Para as gerações mais novas, o significado do “se comunicar” tem uma denotação por vezes diferente das gerações anteriores, seja em linguagem, forma ou meio. E tá tudo certo, são adaptações que cada geração faz de acordo com sua época.
Nos anos 80, existiam ainda as cabines telefônicas (aqui no sul chamadas de “orelhões”), nos anos 90 os telefones sem fio… já agora, não só foram extintos, como dificilmente um aparelho telefônico é comprado para trafegar a voz através de ligações tradicionais como atividade fim. Talvez isso ocorra cada vez menos. Abri minhas últimas ligações aqui e apenas 6 foram realizadas pelo modo convencional nos últimos 7 dias. Foram 7 ligações em uma média diária de 6h de uso do aparelho.
Ou seja, no meu caso, comunicar-se não tem sido mais ligar pra alguém. Tem sido um mix… Entretanto, independente da geração, dos meios utilizados, da forma, ou mesmo da linguagem, o mais importante é atingir o propósito!
Comunicação é mais que enviar um e-mail
Muitas vezes já questionei aos meus Gerentes de Projetos se o cliente havia dado uma resposta importante a um determinado projeto e a resposta recebida foi “ja mandei 2 e-mails, e ele não respondeu”…. Atentem a pergunta! Ela não foi sobre o meio utilizado, mas se existiu êxito no propósito da comunicação. Pouco importa nesse caso o meio, ainda que precisamos ter clareza de quais meios de comunicação devemos utilizar para cada finalidade (vamos falar sobre isso no próximo artigo!).
No fim, é importante entender que comunicar-se exige outras habilidades que não apenas a de uma boa escrita ou de uma fala com clareza. É necessário ter postura, ser proativo, estar à frente da velocidade que um problema caminha para se tornar ainda maior, focando na solução. E tenha certeza, isso importa tanto quanto uma entrega de qualidade nos nossos negócios.
- Busque o briefing, ao invés de esperar ele chegar;
- Apresente suas soluções, ao invés de enviar por e-mail;
- Negocie por reunião, ao invés de threads infinitas de e-mails;
- Peça feedbacks constantes, ao invés de ser surpreendido com uma bola de neve que você nem percebeu que estava sendo formada;
- Mostre relatórios de insights através de resultados alcançados, ao invés do cliente pedir dados para análise.
Proatividade e encantamento são partes essenciais, e elas são muito mais sobre você do que sobre seu cliente!
E você? Tem conseguido êxito no propósito fim da comunicação, ou precisa mudar o meio, a forma, a linguagem? Tem algum e-mail que não foi respondido? Que tal pegar o telefone e ligar? Mandar um whats, achar outra forma?
Até a próxima!
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