Departamento social media: defina sua área para valorizar seu trabalho

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A comunicação sempre acompanhou o ser humano e vem evoluindo, de forma mais intensa nas últimas décadas, até chegar à forma como a conhecemos hoje e que, de maneira geral, está dividida em quatro grupos: comunicação corporal, oral, escrita e tecnológica. Dentro desses grupos também devemos considerar o aspecto social.

O trabalho com comunicação precisa ser baseado em aspectos de comportamento social, interesses humanos, e não apenas números. Pessoas são compostas por sentimentos, expressões e experiências. As possibilidades de coleta de dados e métricas que temos hoje são só um meio de analisar esses elementos. Anote para não esquecer: não mate as aulas de antropologia, semiótica e psicologia do consumo, você vai precisar delas.

Com essa introdução, já deu pra perceber que para trabalhar com comunicação é necessário que você saia da superficialidade, tenha conhecimentos profundos sobre a profissão que escolheu e pare – apenas pare! – de acreditar que saber manusear ferramentas, ou qualquer  nova plataforma de mídia que possa surgir, vá ser o suficiente para te tornar um profissional foda no mercado, e se você optou por atuar com o digital isso significa ter várias habilidades, mas não cumprir a função de sete ou mais profissionais. 

A desvalorização das nossas áreas começa quando academias, contratantes, clientes, empresas passam a acreditar que comunicação, marketing e branding se fundem formando uma coisa só.

O meu maior desafio quando entrei na categoria da comunicação foi entender realmente como a banda tocava, passei dois anos conectando como cada uma dessas ciências funciona. Então, é normal que você esteja perdido, porque o mercado, de maneira geral, se divide desordenado, fazendo com que a gente se depare com empregos que nos exigem muita experiência, multipotencialidade, por um salário baixo. 

Em janeiro de 2020, a profissão que promete ganhos de até 5 mil reais e liberdade de geolocalização por necessitar “de apenas um celular”, ficou em primeiro lugar no ranking de tendências para o mercado de trabalho de tecnologia e informação, feito pelo LinkedIn

Com a demanda crescente do mercado, subindo anualmente a média de 122% entre 2015 e 2019, o cargo de Gestor de Mídias Sociais foi uma das profissões-alvo dos gurus digitais e coach marqueteiros que se aproveitaram para escalar nas costas de várias pessoas que estavam sem rumo em suas carreiras. Essa banalização da profissão gerou um acúmulo de “profissionais” despreparados, que fazem de tudo um pouco e como resultado dessa conta acabam não sendo referência em nada. 

Se você é uma dessas pessoas que caiu no conto de um guru, não se sinta culpado. O que importa é que agora você está tendo acesso à visão holística do mercado da comunicação e que poderá, a partir daqui, compreender as suas possibilidades de atuação. Isso vai te ajudar a escolher sua carreira de forma consciente. 

O profissional que antigamente poderia ser o auxiliar de marketing, conhecido também como pessoa que cuidava dos brindes, eventos e artes de felicitações por aniversário das empresas, hoje, com a precarização das profissões relacionadas ao marketing e comunicação, o Social Media tem ganhos médios de R$600,00 e leva nas costas um departamento inteiro que deveria ser composto por sete profissionais, capacitados com habilidades diferentes: 

Planejamento e Estratégia

Que conteúdo, em que canal, quando, com que tom? As empresas que não compreendem a importância de um departamento de marketing estruturado e querem que você, além de criar o conteúdo de redação e design, acredite que também precisa pensar em tudo isso sozinho. 

Redator e Copywriter 

Escreve legenda, escreve peça, briefing pro design (que no caso é você mesmo), texto de blog, SEO, CTA, técnicas de redação, copy e por aí vai. 

Designer 

Photoshop, Illustrator, InDesign, ID Visual, semiótica, colorimetria, diagramação… se não sabe, vai ter que saber, porque a criação dos posts também vai se tornar uma responsabilidade sua. 

Gestão e programação 

Não basta criar o conteúdo, a pessoa ainda tem que estudar horários, ver insights e programar conteúdo no horário de melhor performance, de acordo com determinado público de cada marca e para múltiplos canais. 

Relacionamento e atendimento 

É óbvio que não é suficiente postar e não relacionar com o público, então, tem que interagir também: comentário, inbox, servir a comunidade e relacionamento em geral faz parte do dia a dia.

Gestão de Tráfego 

Acabou? Não! O social media também é colocado na função de fazer e gerir anúncios. É o ideal? Não. Mas já que está na água, tem que se molhar e aprender a trabalhar em todos os gerenciadores de todas as plataformas de mídia. É o clássico “se vira”. 

Analista de Dados e Insights

Aí, depois de tudo isso, tem que ver se deu certo, né? É hora de fazer relatório, interpretar dados, analisar, repensar estratégia, apresentar, planejar e começar tudo de novo. E nesse ciclo infinito, o cliente ainda quer que você colabore no desenvolvimento de novos serviços, campanhas de produtos e, se duvidar, até com solicitações pessoais. 

Essas são as funções que a maioria das empresas, agências, clientes espera que um social media conheça, entenda e cumpra sozinho. Infelizmente essa é a realidade triste de boa parte dos profissionais que caíram nesse conto de fadas que a galera vende para quem deseja trabalhar com mídias sociais.

É bacana ter uma noção do todo, entender a multidisciplinaridade da profissão, mas é impossível fazer tudo. A pior parte é o fato de que tentam enfiar na nossa cabeça que se não damos conta de tudo, somos fracos, procrastinadores e, infelizmente, muitos de nós começam a acreditar nisso. 

Pensa comigo, se você cumpre todas essas funções, provavelmente é um departamento inteiro e, na maioria das vezes, de mais de uma empresa. É por isso, e por outros mil motivos, que você precisa, sim, definir o seu posicionamento e o que faz para ser reconhecido como referência em uma área e deixar de ser explorado de uma vez por todas. 

O posicionamento basicamente é o discurso que te apresenta perante o mercado, faz o que você faz, para quem faz e com qual propósito. Isso significa que você precisa ter cinco ativos necessários para gerenciar sua carreira como profissional de social media da maneira correta: 

  • Definir sua área de atuação; 
  • Escolher o nicho segmentado para construir reputação;
  • Construir uma esteira de serviço que faça sentido para a necessidade desse perfil de consumidor; 
  • Alinhar sua estratégia como prestador de serviços aos seus principais e causas; 
  • Ampliar sua visibilidade através de presença digital para construir novas oportunidades.

Gerenciar uma carreira criativa é um desafio, e o melhor conselho que eu poderia te dar além de capacitar suas habilidades técnicas, é desenvolver habilidades comportamentais para construir reputação e conquistar cada vez mais espaço no mercado de trabalho. 

Construir seu plano de carreira, otimizar seu tempo, se educar com suas finanças, ter inteligência emocional para aprender a mediar conflitos com seus clientes, desenvolver influência, aprender a negociar e a se vender, todas essas são skills que você aprende em comunidade com outros profissionais independentes no Coletivo Pejota, clique aqui para fazer parte. 

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