Indústria criativa x outras indústrias

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Que a indústria criativa existe, todo mundo concorda ou deveria concordar. A influência do setor no PIB geral do país é de 3% em média, representando mais de R$217 bilhões de reais. Pode parecer pouco, mas é bastante. Para comparar, o valor é equivalente à produção total do setor de construção civil e maior que a produção total do setor de extração mineral.

Em meio a tantos conteúdos sobre creator economy, a visão sobre a indústria se fortalece e expande para além dela. Acontece que nem só de criatividade se faz uma sociedade. Quais outras indústrias coexistem com a criativa? 

No imaginário cultural, algumas áreas são tão consolidadas enquanto indústria que tem essa palavra quase que automática no começo do nome. Por exemplo, a indústria farmacêutica e a indústria automobilística. A farmacêutica desenvolve e produz medicamentos para tratar diversas doenças e condições médicas. Podemos pensar em Pfizer, Johnson & Johnson, AstraZeneca, Fiocruz. A automobilística é responsável por produzir veículos motorizados para transporte de pessoas e bens. Na hora, lembramos de Toyota, Volkswagen, Ford, etc.

Expandindo o assunto, a seguir vou citar algumas em tópicos:

  • Indústria de tecnologia: produz hardwares (computador, videogame, notebook, celular),  softwares e serviços relacionados à tecnologia. Algumas empresas da área são Samsung, Microsoft, Apple, Intel.
  • Indústria de serviços financeiros: oferece serviços financeiros, como empréstimos, investimentos, seguros e gerenciamento de patrimônio. Exemplo de PicPay, Allianz, Itaú, Nubank.
  • Indústria de alimentos: produz bebidas e alimentos para consumo humano e animal, envolvendo da agricultura ao processamento de alimentos e fabricação de bebidas. Alguns nomes que representam são Nestlé, Coca-Cola, PepsiCo, Danone, Ambev, Unilever.
  • Indústria de serviços da saúde: oferece consultas médicas, tratamentos, diagnósticos, cirurgias e gerenciamento de saúde. Incluem hospitais, clínicas, planos de saúde, laboratórios. Exemplo de Unimed, Prevent Sênior, UnitedHealth Group, Amil.
  • Indústria de transporte: um pouco diferente da indústria automobilística, essa tem um foco maior em setores que incluem aviação, navios, trens, bicicletas, entre outros. Estamos falando de Boeing, Airbus, DHL, General Motors, Union Pacific.
  • Indústria de energia: produz, comercializa e distribui energia para uso humano e animal. São empresas que geram valor a partir do petróleo, gás natural, energia renovável e nuclear. Por exemplo, Shell, Petrobrás, Enel, Eletrobras, Tesla.
  • Indústria de varejo: vende bens diretamente ao consumidor em supermercados, lojas de departamento, lojas de roupa e etc. Podemos considerar grandes exemplos no setor: Amazon, Walmart, Magazine Luiza, Assaí, Americanas, Polishop.
  • Indústria de turismo: fornece curadoria, hospedagens, transporte, alimentação e entretenimento para viajantes a trabalho ou lazer. Incluem hoteis, pousadas, companhias aéreas, agências de viagem, parques temáticos, entre outros. Algumas empresas representativas são Airbnb, Walt Disney Parks and Resorts, TripAdvisor, Booking, CVC.
  • Indústria de educação: oferece serviços de educação e treinamento a estudantes de diversas áreas de conhecimento em diversos níveis. Vão de escolas primárias e secundárias, treinamento profissional e cursos livres. Exemplos do setor são Harvard University, Wizard, CIEE, Pearson, Share.

Essas são algumas para a gente localizar a indústria criativa no meio do balaio de outras indústrias. Alguns setores dentro dela ainda têm seu ecossistema interno mais robusto que outros. É o caso da indústria de moda, que produz e comercializa roupas, calçados e acessórios. Inclui grandes marcas de luxo, fast fashion e esportivas, como Zara, Nike, Adidas, Lojas Renner e Farm. Outro setor criativo bem robusto é a indústria de entretenimento, que produz filmes, programas de TV, novelas, shows, jogos, livros. Por exemplo, Netflix, Globo, HBO, Electronic Arts, T4F, Nintendo, Rock in Rio, TV Cultura.

A criatividade, enquanto produto comercial, depende que outras indústrias vejam valor na inovação e na originalidade. Direta ou indiretamente, todas as citadas são potenciais clientes da indústria criativa. Se você faz parte desse universo, é importante ter consciência dos nós que movimentam e estruturam a sociedade para amadurecer sua trajetória.

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Lucas Borba
Curioso e com o pensamento multimídia sempre alerta, já cocriei junto de grandes influenciadores e marcas como Netflix, Globo, Pepsi, Renner, Melissa e American Express. Desenvolvo narrativas que vão de conteúdos para marcas a documentários, de videoclipes a trends do TikTok, de fotografias a podcasts, de cobertura de festivais a projetos autorais. Enquanto educador e pesquisador, lancei o curso de criação de vídeos “Não é só um videozinho” e elaborei o Cantinho do Render, plataforma de pesquisa sobre a indústria criativa que em 2023 lançou o ebook “Olhar Vertical – Um estudo sobre o formato do Século XXI”. Em 2021, lancei meu primeiro documentário autoral chamado Não-Cidade e em 2022 o segundo, chamado O Amor do Brasil (disponíveis no YouTube).
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