A influência da empatia na gestão de projetos

Clique Aqui e saiba mais

Palavrinha cada vez mais utilizada no nosso mercado, principalmente nos métodos de Design Thinking, visando entendermos o consumidor como centro das nossas decisões de projetos e negócios. A empatia, como apelidada de “buzzword”, ganha atenção como nunca dentro da nossa bolha da Comunicação.

Mas será que podemos utilizar o mesmo Mapa de Empatia abaixo para engajarmos nossos times no dia a dia? Bem que essa dinâmica, tão valorizada pelo universo dos negócios, poderia existir e ter aplicabilidade já há muito tempo com nossos times, né?

Mapa de empatia

Sempre fui um profissional que gosta de olhar no olho das pessoas, sejam elas dos times, dos clientes, dos parceiros. Uma boa conversa, com verdade estampada nos olhos, sempre facilitou no momento de lidar com ambiente adversos, ou mesmo para celebrar boas notícias. Mas, desde março de 2022, tudo mudou!

O olhar para perceber o que ninguém percebe

A pandemia trouxe um cenário desfavorável para todos nós, principalmente no conhecimento do dia a dia das equipes. Se por um lado precisávamos estar conectados com os times para acompanhar as rotinas e demonstrar estarmos próximos, por outro, o excesso de reuniões caminhava rumo a um cenário de stress demasiado. Desafio que aprendemos, mas seguimos aprendendo a lidar todos os dias, agora em um modelo híbrido.

Um dos grandes atributos que falo bastante acerca do perfil dos Gerentes de Projetos é o olhar analítico para perceber o que ninguém percebe. E isso de nada tem a ver com a quantidade de conhecimento acerca de métodos ágeis, ou o quão técnico é o background em alguma disciplina. Você não verá esse tema em nenhuma cadeira na faculdade, mas precisará desenvolver a habilidade de visualizar os temas de maneira profunda, mas também ampla, tudo na hora certa – conceito muito baseado nos princípios do nexialismo, que já tratamos por aqui. 

E é a partir desse olhar que associa uma visão mais analítica mas também mais sensível que aprofundamos a prática no relacionamento com as pessoas, desenvolvendo a empatia.

“Quando você se coloca no lugar do outro, o mundo ganha novas perspectivas”. (Autor desconhecido)

A seguir, gostaria de exemplificar algumas pequenas ações que corroboram com a prática de empatia com os mais diferentes segmentos de pessoas no nosso mercado:

Empatia com os clientes

Não existe fórmula mágica para desenvolver a empatia com nossos clientes da Comunicação. E digo que, na grande maioria dos casos, o tal “feijão com arroz” bem feito, cumpre grande parte do necessário. Clientes esperam resultados pras suas marcas. Esses, acontecem se a marca tiver o dedo no pulso sobre o público final, com as ações necessárias no momento adequado. Se a sua empresa não cumpre o esperado, a matemática que apura que sua empresa é descartável é simples, infelizmente! 

É claro que isso não se dá de qualquer jeito e sem qualquer planejamento. Mas perceber que termos prazos claros, escopos claros, e investimentos claros, são partes essenciais de um trabalho com nossos clientes, e tudo gira em torno disso.

Vamos a um exemplo: você vai fazer uma reunião com um cliente na fase de execução de um projeto. Se você não tiver clareza de prazos dos projetos, definição de escopo ou de investimento, ou a reunião não deveria ocorrer, ou o propósito dela seria para ajudar a definir ou redefinir isso.

E claro, entregando projetos que suportam os resultados dos nossos clientes, migramos de patamar, nos tornando parceiros ainda mais estratégicos, com oportunidades de ampliação de serviços prestados.

Empatia com os gestores

Talvez uma das funções mais complexas dentro de uma estrutura organizacional. Os gestores são amortecedores de impactos, constantemente comprimidos e esticados de ambos os lados. Eles são a representação dos valores e estratégia da empresa, mas ao mesmo tempo, tem a visão da equipe, da operação e dos próximos passos da evolução dos profissionais.

Para tal, ter empatia com grupo de gestores é prepará-los para os desafios do mercado, ainda mais em um universo de pós-pandemia, a qual o relacionamento entre gestor e profissional se dá com times distribuídos em todo Brasil (tendência), utilizando os mais diferentes canais de comunicação.

Sabemos que grande parte dos gestores não são oriundos de uma academia de Administração ou de Gestão de Negócios, muito pelo contrário. Na grande maioria, se tornaram gestores pois apresentaram ótimos resultados como técnicos em suas áreas. Ex.: Diretores de Criação, Gerentes de Planejamento, Líderes de Tecnologia, e assim por diante.

O papel da estrutura organizacional é abraçar os gestores e prepará-los para exercerem funções estratégicas na empresa. Seja a autonomia nas tomadas de decisão; a visão de pequeno, médio e longo prazo da estratégia pros seus times. Além de estarem aptos a exercerem boas práticas de gestão de pessoas, com feedbacks constantes aos seus times, e o estabelecimento de metas e recompensas, de acordo com a estrutura e limitação da empresa.

Empatia com os times

Já não existe mais espaço para modelos de gestão da década de 70 ou 80, a qual tínhamos os patrões e os empregados. Os que mandam e os que obedecem. Hoje, para você gerar valor dentro das suas atividades, você precisa entender toda cadeia de execução de uma entrega. Afinal, temos tantos e tantas especialistas (e que bom), que o produto final é a soma das especialidades, formando algo diferenciado para os clientes. 

Entretanto, um dos valores que eu acredito ser um diferencial na empatia com os times é a gestão pela transparência. Além de tudo que já conhecemos acerca de se colocar no lugar do outro, e que renderia alguns muitos artigos por aqui. 

Gerir pela transparência é dar e receber feedbacks honestos e constantes. É convidar o time para conhecer a estratégia da empresa e do mercado a qual está inserido. É dividir a saúde financeira da empresa para que todos saibam os “porquês” de algumas ações. 

A pior sensação para um profissional é não ter a visão do todo, não ver seu trabalho fazendo diferença, não ter perspectiva de crescimento individual, pro seu time e seus clientes. E em um ambiente de trabalho cada vez mais competitivo, esses fatores podem ser decisivos entre seguir atuando em uma empresa, ou resolver mudar de ares profissionais.

Mas então será que deveríamos ter planos de carreira em todas as empresas de Comunicação? Logicamente que sim. Mas será que conseguimos? Faça uma reflexão acerca da viabilidade para seus negócios 🙂

E você? Tem exercitado a empatia em todos os níveis? Tem desenvolvido essa habilidade com outras pessoas, compartilhando experiências positivas ou desafiadoras? Compartilha com a gente suas experiências aqui nos comentários.

Até a próxima!

Clique Aqui e saiba mais

Compartilhe:

1

Comentários