E eu, o que faço com esses números?

Capa para artigo de Patrick Paes o que eu faço com esses números
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hoje quase tudo que a gente faz no digital gera números e insights. a grande dúvida surge quando vemos todos aqueles números espalhados na tela: como entendê-los de forma correta?

comecei a me perguntar sobre isso depois de ter participado do Data Driven Experience, evento promovido pelos meus amigos da BI Machine. lá, mais uma vez, tive a oportunidade de dividir o palco com grandes nomes como o Théo Orosco, CEO na Exact Sales. 

depois de lá, pude dissertar sobre esse tema em algumas palestras. a mais recente delas, foi na Cesusc, em Florianópolis, onde tive um pouco mais de tempo para falar, mas vou tentar resumir aqui. 

ok. para começar, precisamos fazer juntos uma reflexão, e para isso preciso dizer: eu não quero ensinar ninguém a calcular ou o que olhar. 

mas quero te convidar a dar mais importância para os números em um mundo cada vez mais acessível a eles. 

agora sim, chegou a hora de citarmos engenheiros do hawaii:

e eu, o que faço com esses números?

vivemos em um mundo onde há uma overdose de dados. tudo que a gente faz hoje é inputs e jogar dados para todos os lados. a gente olha para um lado, olha para o outro, tem números. 

só que números são, como o próprio nome diz, números. eles dizem exatamente nada

para conseguir ler um número precisamos contextualizá-lo. parece simples, não é? mas existem muitas coisas que precisamos ficar atentos para conseguir fazer isso: o que tu quer olhar? como tu tá olhando? por que aquilo faz sentido de ser olhado?

se você não souber o que está olhando, suas decisões serão incorretas.

WTF Cultura Data Driven

muito se fala no mundo data driven, mas pouco se fala sobre o mindset data driven. isso significa conseguir isolar, entender e compreender números no final do dia.

mas aí você me pergunta de novo, como é que se faz para analisar números? como é que tu faz uma análise de dados de forma correta e coesa numa estratégia digital? 

primeiramente, você precisa saber qual é o seu grande objetivo: por que tu subiu uma campanha? por que tu começou uma ativação? 

sabendo disso, é possível identificar quais dados são necessários para a sua estratégia e quais não fazem diferença, porque (pausa dramática):

nem todo dado importa 

por mais que a gente viva num mundo onde, como William Deming diz “sem dados, você é uma pessoa qualquer com uma opinião”, não adianta de nada ter números soltos. 

vamos ver a definição de dados de acordo com o dicionário: 

dados: conhecimento que se tem sobre algo, usado para solucionar uma questão, fazer um julgamento, criar ou colocar em prática um pensamento, uma opinião; informação: os dados indicam um aumento do desemprego.

ou seja, os dados só viram dados quando se dá uma história para os números, uma narrativa para eles. 

esse número tá me contando essa história, ele mostra o que eu tenho que melhorar, que eu tenho uma hipótese para validar. 

sem dar essa história, sem dar essa narrativa, sem dar essa construção pros números, eles não são nada. 

você precisa ter um mindset data driven

“dados é sobre cultura, a tal cultura data driven, e a cultura devora estratégia no café da manhã”. essa frase do Peter Drucker, um dos pais da administração moderna, reforça esse ponto de vista. 

não adianta você se dizer data driven somente porque se tem um dashboard. hoje em dia, existem muitas tecnologias que geram análises e inputs de dados. o que nos diferencia é saber olhar para esses números e conseguir ler o que eles nos dizem. 

e para fazer isso você vai precisar isolar o seu objetivo e entendê-lo. 

assim é possível identificar qual número eu estou indo atrás, qual número eu estou querendo ler, qual número eu estou querendo compreender, qual leitura eu quero dar para aquele número. 

dica do prof

eu como professor de marketing, te digo, os números que eu tenho que ter sempre perto de mim e que você pode copiar e levar como se fosse uma agenda de bolso são:

  • ROAS (return on advertising spend ou retorno sobre o investimento em publicidade);
  • CAC (custo de aquisição de cliente);
  • LTV (lifetime value) – quando houver.

os dois primeiros, para mim, são os mais importantes. mas ATENÇÃO: favor não confundir ROAS e ROI. um está considerando ads spend, mídia paga, outro está considerando investimentos no total. 

então, ficamos com a compreensão de marketing, porque marketing não vende, marketing é uma oportunidade de venda, por isso, na minha opinião a gente olha para o ROAS, não para ROI.

nós até impactamos o ROI, mas não somos responsáveis pelo ROI. sacou?

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