Pesquisa de mercado: a espinha dorsal do marketing e da IA madura

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A importância da pesquisa de mercado

Pesquisa de mercado não é apenas uma etapa “nice to have”: ela organiza perguntas, reduz incertezas e conecta estratégias de marca a resultados.

Em 2025, com pressões de orçamento e abundância de dados, essa disciplina volta ao centro — tanto para orientar o mix de mídia quanto para preparar a adoção responsável de Inteligência Artificial (IA) em marketing.

Evidências recentes mostram que percepções sobre canais e métricas nem sempre batem com o desempenho real, o que torna a pesquisa — e a qualidade dos dados — um imperativo estratégico.

Por que a pesquisa é estratégica no processo de marketing

A pesquisa estrutura a tomada de decisão em três frentes:

  1. O quê decidir (objetivos e hipóteses);
  2. Com base em quê (fontes e métodos);
  3. Como aferir impacto (métricas e modelos).

Sem essa base, as organizações tendem a superestimar táticas “fáceis de medir” e subinvestir na construção de marca — erro que corrói crescimento de longo prazo.

Benchmarks globais indicam, por exemplo, que canais subestimados (como rádio e podcasts) podem entregar ROIs altos, enquanto a “mensurabilidade percebida” de digitais não garante melhor retorno.

Além disso, marcas que param de anunciar perdem receita futura; já um ganho nas métricas de marca tende a elevar vendas — sinais de que equilíbrio entre performance e branding é essencial.

Como iniciar um estudo de mercado

Aqui na Palco acreditamos que todo estudo começa por uma decisão a tomar.

Trocamos o “entender o mercado” por uma pergunta decisória específica: devemos reposicionar o produto A? priorizar canal B? revisar preços? expandir para a região C?

A partir daí, formulamos os objetivos de pesquisa.

Em seguida, as questões de pesquisa e KPIs-alvo são derivados e são selecionadas as fontes e métodos coerentes com a pergunta:

  • Qualitativo: para explorar linguagem e barreiras;
  • Quantitativo: para dimensionar e comparar;
  • Testes/experimentos: para estimar efeito causal;
  • Desk research: para mapear tendências e competição.

Planejamos a amostra (critérios de inclusão, quotas mínimas, tamanho amostral com poder estatístico) e os instrumentos (roteiro/questionário) com escalas válidas.

Para reduzir vieses e assegurar imparcialidade, revisamos tecnicamente os instrumentos (evitando perguntas indutivas e ordens enviesadas), treinamos moderadores para condução neutra, aplicamos cegamento de marcas quando possível e mantemos protocolos de privacidade e trilhas de transformação dos dados.

Por fim, planejamos as saídas. Esboçamos o “relatório ideal” antes da coleta: quais tabelas, cruzamentos e decisões esperamos obter? Esse esboço alinha expectativas, evita perguntas desnecessárias e foca o time no que realmente precisa ser decidido.

Erros comuns

Um erro recorrente dos nossos clientes é começar a pesquisa sem problema definido.

Os times mergulham em dados e saem com relatórios extensos, porém pouco acionáveis. O antídoto é iniciar pela decisão que precisa ser tomada e por hipóteses claras, o que dá foco ao questionário, às entrevistas, aos recortes de análise e ao que será considerado “sucesso”.

Outro tropeço frequente é confundir o que é mensurável com o que é eficaz. Métricas fáceis (cliques, views) nem sempre antecipam vendas, margem ou construção de marca.

Ligar indicadores de curto prazo a resultados de negócio e proteger investimento mínimo em alcance e memória de marca evita que o imediatismo corroa o crescimento futuro.

Também é comum negligenciar a amostra. Coletar apenas com quem é “fácil” e acessível distorce conclusões. Definir quotas mínimas para segmentos relevantes, critérios de inclusão, tamanho amostral adequado e isenção na coleta reduz esse risco.

Por fim, há o risco de “automatizar o ruído” com IA. Treinar modelos em dados sujos consolida vieses e leva a decisões piores — só que mais rápidas. Contratar especialistas capacitados garante método adequado, questionários sem vieses da empresa, coleta neutra e leitura analítica imparcial.

Pesquisa de mercado é o mapa; IA é o motor. Sem mapa, o motor só acelera.

Comece por objetivos claros, métodos coerentes e dados confiáveis; use a pesquisa para equilibrar performance e construção de marca; e então escale com IA.

O resultado é um marketing mais eficiente no curto prazo e mais valioso no longo prazo, porque cada decisão nasce de evidência — e aprende com ela.

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Mariana da Rosa
Sócia-fundadora da Palco Inteligência de Negócios, doutora em Administração, mestre e especialista em Marketing. Mentora na Ventiur Smart Capital e na Rede Atrion, atua como professora em programas de pós-graduação. Com 20 anos de experiência em marketing e estratégia, liderou operações em agências e instituições de ensino, com foco em inovação e posicionamento de mercado.
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