Produtividade – Confiança ou vigilância?

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Você sente confiança no seu time? Ou sente que a empresa confia em você e na sua entrega? Este tema é muito importante, principalmente em momentos de trabalho presencial/híbrido/remoto. São diversas formas de construir a cultura corporativa e desenvolver a confiança no seu time para manter uma produtividade saudável.

A cultura organizacional deve ter como objetivo central: estabelecer um ambiente de engajamento que valoriza o colaborador. Para que isto seja alcançado, as lideranças devem dar o primeiro passo.

Segundo uma pesquisa realizada nos EUA pela empresa Visier, 83% dos funcionários admitem fingir trabalhar parte do dia para se mostrarem ocupados. Outra análise, essa da ISMA, feita no Brasil, aponta que 72% dos entrevistados estão insatisfeitos com seu trabalho e um artigo publicado na Academy of Management Annals conclui que 75% dos empregados têm problemas com depressão e ansiedade.

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As estatísticas estão aí para comprovar algo que já sabemos que acontece, e quando se trata do mercado de comunicação, sabemos que existem muitas lacunas a serem preenchidas e melhoradas culturalmente.  

O estudo da consultoria americana Visier dá uma dica: “Trabalhadores de empresas que utilizam ferramentas de fiscalização das suas atividades são cinco vezes mais propensos a fingir que trabalham que funcionários em companhias que não as utilizam”. Em uma palavra: confiança.

Líderes que investem mais tempo na fiscalização, do que na confiança, colocam em risco o engajamento do time e o desenvolvimento corporativo dos seus liderados. É claro que tudo isso passa por outras questões como: inteligência emocional e uma comunicação assertiva. Quando todos conversam, sabem o que precisa ser entregue e sabem o que precisa ser feito, deveria ser o suficiente. Um bom alinhamento de expectativas e feedbacks em dia, para que os processos aconteçam de uma forma mais leve.

Sabemos que tudo isso envolve questões geracionais, modelos de trabalho e transformações tecnológicas, que nos deixam “desconfiados” ou com medo de ser “passado para trás”. E claro, tudo isso pode acontecer (infelizmente), você pode acabar encontrando colaboradores que realmente vão te “passar a perna”, mas este não pode ser o modelo cultural da empresa. Entende? Senão, perdemos a chance de construir um ambiente de desenvolvimento e engajamento.

Saúde mental

Sabe por que a maioria dos eventos da área ainda abordam temas como saúde mental? Porque permanece extremamente necessário. E nesse ponto, seja líder ou liderado, precisamos dar atenção ao autodesenvolvimento. O autodesenvolvimento é essencial para que possamos desenvolver o próximo, contribuir com o time e manter uma boa comunicação interna. Quando você se cuida, permanece capaz de cuidar dos projetos, cuidar do time, estabelecer limites e contribuir com feedbacks necessários.

Produtividade não é controle

Quando tiramos a produtividade deste espaço de controle, as coisas começam a fluir melhor. O ambiente controlador pode contribuir com uma pressão desnecessária, e que não vai ajudar as pessoas a produzirem melhor. Produtividade é organizar, construir rotinas que funcionam e conseguir utilizar o seu tempo de uma forma efetiva.

Eu espero que a sua rotina seja cada vez mais produtiva, lembrando que ser produtivo não é produzir mais (e sim, produzir melhor). Que possamos ver cada vez mais empresas construindo uma cultura colaborativa, leve e com confiança. Este artigo foi produzido a partir de um conteúdo da Exame.

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