A utilização de inteligências artificiais como ChatGPT, Gemini, Claude e afins está transformando a rotina de profissionais de marketing, comunicação, social media e publicidade. Mas tão importante quanto “usar a IA” é saber como interagir com ela. E é aí que entra a arte de formular bons prompts.
Um prompt é aquilo que você digita/insere para pedir algo à IA: instruções, contexto, formato, objetivo. Segundo a equipe do MIT Sloan School of Management, “os seus resultados com IA dependem em grande parte de como você formula o prompt”. Em outras palavras: se você quer uma resposta de qualidade, precisa dar à IA uma boa direção.
Para profissionais de criativos isso faz toda diferença: um prompt bem elaborado gera ideias melhores, evita retrabalho, promove eficiência e melhora os resultados (menos “quase isso”, mais “isso mesmo”).
A seguir, listamos 7 dicas práticas para escrever prompts melhores — com base em estudos e guias recentes — e, ao final, apresentamos uma sugestão de ferramenta para facilitar esse processo.
1. Defina um papel/persona para a IA
Uma das recomendações frequentes é atribuir à IA um “papel” ou especialidade: “Você é um redator de e-mail com 10 anos de experiência em SaaS”, por exemplo.
Por que funciona: Ajuda a IA a adotar o tom, a perspectiva e o nível de profundidade que você busca, o que torna a resposta mais relevante para o seu contexto.
Aplicação prática: Em vez de perguntar “Escreva-me um post de blog”, diga “Atue como um consultor de marketing digital para B2B e escreva um post de 500-600 palavras explicando como gerar leads via LinkedIn”.
2. Seja específico sobre a tarefa
Frases vagas geram resultados vagos. Estudos mostram que indicar explicitamente o que você quer, o formato e o público melhora bastante a eficácia do prompt.
Por que funciona: A IA “sabe” menos do que parece. Se você não delimitar, ela vai adivinhar ou produzir algo genérico.
Aplicação prática: “Crie um calendário editorial com 12 tópicos para posts no Instagram, voltado para startups de fintech no Brasil, com sugestão de legenda e até 3 hashtags por post”.
3. Forneça contexto relevante
Inserir contexto sempre faz diferença. Nesse caso estamos falando do cenário, dados, público-alvo, objetivo, detalhes importantes. Quando mais explicado melhor.
Por que funciona: A IA não “conhece” o seu negócio, a sua marca ou o seu público, cabe a você dar esse pano de fundo.
Aplicação prática: “Nossa marca é uma startup de e-commerce sustentável que vende roupas feitas de material reciclado. Nosso público são mulheres de 25-40 anos, classe média, preocupadas com o meio ambiente. Precisamos de ideias de conteúdo para Instagram que combinem engajamento e valor educativo.”
4. Especifique o formato e estilo de saída
Além de dizer o que você quer, diga como você quer: checklists, tabelas, lista, coreografia de stories, tom descontraído ou formal. Essa é uma boa ordem: persona + tarefa + contexto + formato.
Por que funciona: Reduz o retrabalho de “ok, agora vou ter que editar isso”. Você já recebe algo mais utilizável.
Aplicação prática: “Gere uma lista em formato de tabela com colunas: ‘Tema do post’, ‘Legenda sugerida’, ‘Call to action’. O tom deve ser amigável-profissional, sem jargão técnico, voltado para público que não é especialista em tecnologia.”
5. Use exemplos ou “few-shot prompting”
Uma técnica bastante eficaz é mostrar à IA modelos de saída ou exemplos do que você considera bom, chamada de few-shot prompting.
Por que funciona: Ajuda a IA a “pegar” seu estilo, nível de detalhamento, estrutura e tom com menos tentativa-erro.
Aplicação prática: “Aqui estão dois exemplos de posts de alto desempenho: [exemplo 1], [exemplo 2]. Agora, crie 5 novos posts seguindo esse estilo”. Além de copiar textos, você pode enviar arquivos em PDF ou Docs.
6. Vá sempre refinando
Mesmo o melhor prompt raramente acerta 100% à primeira. Vários guias sugerem tratar o prompt como um “conversador”, ou seja: você dá, avalia, ajusta.
Por que funciona: Permite ajustar detalhes, aprofundar, clarificar, corrigir rumos, e a IA vai “entender” você cada vez melhor.
Aplicação prática: Depois da primeira resposta, você pode dizer: “Ótimo, agora adicione mais humor leve e inclua 2 hashtags diferentes por post” ou “Ok, torne o tom menos formal”.
7. Forneça limites e critérios de qualidade
Definir critérios de boas respostas ajuda: “Evite jargões”, “Use exemplos concretos”, “Não ultrapasse 250 palavras”, “Inclua perguntas para engajar o público”. Você também pode pedir para a IA te fazer perguntas de informações que faltaram.
Por que funciona: Ajuda a IA a entregar algo que você pode usar quase “como está”, sem precisar redesenhar.
Aplicação prática: “O resultado deve incluir 3 benefícios para o usuário, 2 exemplos práticos e uma pergunta final de engajamento. Máximo 300-350 palavras.”
Por que essas boas práticas importam?
- A disciplina de Engenharia de prompts mostra que qualidade do prompt = qualidade da resposta.
- Em contextos profissionais (principalmente na correria de quem trabalha com social media, marketing, comunicação) o tempo é escasso. Um prompt mal formulado pode levar a respostas inúteis, retrabalho, frustração.
- Modelos de IA, embora poderosos, ainda dependem muito da clareza e revisão humana. O guia do MIT Sloan afirma: “os seus resultados dependem em grande parte de como você formula o prompt”.
- Por fim, a adoção de IA em negócios exige eficiência e controle, e boas instruções ajudam a evitar erros ou desvios de tom/propósito.
A gente te ajuda!
Para facilitar esse processo de criação de prompts (especialmente se você usa IA com frequência) recomendamos o nosso Criador de Prompts, um agente inteligente desenvolvido pelo time do Share que transforma ideias soltas em instruções claras e eficientes. Funciona tanto na versão gratuita quanto na paga do ChatGPT e permite que você economize tempo, siga boas práticas e obtenha resultados mais consistentes.





