O chefe do Instagram, Adam Mosseri, afirmou que a plataforma reduzirá a qualidade de vídeos que não atingem um certo número de visualizações, em uma tentativa de economizar recursos.
À medida que a Meta se concentra em desenvolver modelos de IA, os custos com computação, armazenamento e outros recursos estão aumentando. Assim, a big tech espera que reduzir a qualidade dos vídeos de baixo alcance no Instagram libere espaço e recursos financeiros, otimizando a experiência sem comprometer a performance.
A discussão surgiu durante o quadro de perguntas e respostas que Mosseri realiza nos Stories, onde ele afirmou:
“Em geral, queremos mostrar o vídeo da mais alta qualidade possível quando alguém estiver assistindo a uma história ou Reel […] Mas se algo não for assistido por um longo tempo, porque a grande maioria das visualizações ocorre no começo [após a postagem inicial], mudaremos para um vídeo de qualidade inferior e, se ele for assistido muito, renderizaremos novamente o vídeo de qualidade superior.”
No Threads, ele também afirmou que os vídeos agora terão uma escala móvel de qualidade conforme o número de visualizações.
Se os Reels não atingirem o limite de visualizações — a métrica mais importante da plataforma — sua qualidade pode cair.
Além disso, vídeos mais antigos serão automaticamente rebaixados, mas, caso comecem a ganhar visualizações novamente, sua qualidade total será restaurada.
Vale observar:
De certa forma, isso também significa que o algoritmo beneficia perfis maiores, algo que o head da plataforma já havia dito que o Instagram estava trabalhando para corrigir.
Em abril de 2024, a rede social anunciou uma mudança no algoritmo para favorecer criadores menores. No entanto, oferecer melhor qualidade de vídeo para perfis mais populares parece contradizer essa intenção.
Usuários das redes da Meta questionaram se isso não torna o cenário mais difícil para creators menores competirem com o alcance.
Em resposta, Mosseri também explicou que a redução de qualidade não é drástica e que, segundo seus dados, as pessoas interagem mais com o conteúdo do vídeo do que com sua qualidade.
Nesse caso, resta acreditar (ou não) nas palavras do chefe do Instagram.
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