Planejar uma viagem envolve a análise de uma série de fatores importantes para maior aproveitamento do destino, como melhor data, estação do ano mais apropriada, menores custos de transporte e hospedagem, pontos turísticos, o que comer, etc. Por muito tempo, esse planejamento significava longas horas fazendo pesquisas, consultando agências e montando listas de prós e contras para cada hotel e passeio descoberto.
Hoje esse processo mudou radicalmente, especialmente por conta do uso de ferramentas de Inteligência Artificial, que, através de seu poder de processamento de dados e algoritmos, podem entregar padrões de comportamento, histórico de dados, compilações de opiniões de outros visitantes, entre outras informações úteis para as escolhas de destino.
Para as empresas do setor turístico, essas ferramentas se mostram fundamentais para entender as direções para as quais os ventos do mercado sopram. A partir desses dados coletados e analisados de forma quase instantânea, é possível prever com um bom grau de confiabilidade o que os futuros viajantes podem desejar antes mesmo de saberem exatamente o que querem. O resultado é uma oferta muito mais segmentada e eficiente, tanto para quem viaja quanto para quem vende.
Personalização da experiência
O turismo contemporâneo pode ser descrito como parcialmente digital. Afinal, antes de tomar qualquer decisão sobre uma viagem, pesquisamos sobre tudo o que é possível pela internet, para que nossas decisões sejam mais apuradas.
Justamente por essa faceta digital de nossas buscas que hoje é possível criar personalizações de planos, formas de pagamento, serviços, passeios, hospedagem e transporte que mais se adequam para cada tipo de visitante.
De posse de dados como idade média de visitantes por estação, tempo de estadia médio, perfil financeiro, composição familiar, preferências gastronômicas e tipos de acomodação, cada empresa do setor de turismo pode focar em aperfeiçoar aspectos da experiência para determinada faixa de visitantes que são mais compatíveis com o modelo de negócios proposto.
O inverso também é verdadeiro, já que a personalização através das buscas digitais permite que o visitante, por meio de seus inputs durante a pesquisa, possa encontrar o roteiro de viagem que melhor se enquadra nas suas necessidades, sem precisar fazer muitas concessões.
Chatbots ajudam na decisão
Uma das ferramentas de IA que revolucionou a forma como os turistas buscam informações são os chatbots e as assistentes virtuais. Antes o atendimento dependia de interação humana, por meio de agentes de viagens, para planejar e montar pacotes turísticos. Hoje essa interação é indireta, e o visitante monta seu próprio roteiro, personalizando os pontos de interesse.
Esse tipo de ferramenta é muito utilizado para compreender qual é a intenção do viajante e dar sugestões condizentes com o pedido, como cruzar datas e tipos de hospedagem, indicar passagens aéreas com atualizações em tempo real e até mesmo montar itinerários completos de visitas a museus, parques e restaurantes.
Algoritmos liderando o marketing
O mundo conectado se resume basicamente a dados e formas de organizar, analisar e recomendar esses dados, seja para empresas ou visitantes, por isso foram criados os algoritmos, que são fórmulas matemáticas que conseguem unir de forma lógica esses dados.
Os algoritmos de recomendação, presentes em sites e plataformas de reserva de hotéis, passagens aéreas e redes sociais, são calibrados e configurados para destacar produtos que têm maior chance de conversão, como, por exemplo, um pacote de viagem para casal, para destinos românticos, ou pacotes familiares, para destinos lúdicos.
Essa calibração significa que a forma como um destino é apresentado, desde imagens até formas de pagamento, escalas e tipos de hospedagem, é moldada de acordo com o perfil de cliente desejado.
Para o marketing turístico, esse processo de setorizar e analisar o perfil do visitante, o tempo de permanência por link e a quantidade de visitas ajuda a gerar campanhas mais eficientes e assertivas, além de reduzir os custos com anúncios mais amplos e genéricos, que podem atingir faixas de visitantes com perfis diferentes que não são o público-alvo de determinada empresa turística.
