O novo app da Apple, bilhões na OpenAI, Luo Fuli e Jevons 

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O mundo da tecnologia não desacelera, e os destaques da semana na tecnologia mostram isso muito bem. 

A Apple lançou um novo aplicativo para eventos, a OpenAI pode receber um investimento bilionário, e Luo Fuli, uma engenheira chinesa, se tornou um dos nomes mais disputados na corrida da IA.

Se tem uma coisa que a gente aprendeu, é que acompanhar os destaques da semana na tecnologia é essencial para entender as movimentações do mercado. Então, bora conferir as principais notícias da semana!

Apple Invites: o novo app da Apple para criar eventos

A Apple já tentou várias vezes criar uma comunidade exclusiva para usuários do iPhone, seja com uma rede social ou novos recursos. Até agora, nada pegou. Mas a empresa não parece disposta a desistir.

O novo app, chamado Invites, segue essa direção. Ele permite que usuários do iCloud+ criem e compartilhem convites personalizados, que qualquer pessoa pode confirmar, mesmo sem uma conta ou dispositivo Apple.

A novidade chega como uma possível concorrente de ferramentas como Google Agenda, Eventbrite e até o Partiful – que, aliás, já acusou a Apple de plágio no X

Mas sejamos sinceros: quem é o Partiful perto da Apple? A empresa nem se deu ao trabalho de responder… mas, se respondesse, provavelmente seria algo como: “se for chorar, manda áudio.”

Outro detalhe curioso é que o Invites permite compartilhar fotos e playlists do Apple Music com os convidados. Um empurrãozinho para que mais gente assine o serviço e esqueça o Spotify (o que, sejamos realistas, não deve acontecer).

No fim, o Invites parece ser mais um passo da Apple para manter seus usuários dentro do seu ecossistema e reduzir a necessidade de recorrer a serviços externos, como o Google e o Teams. 

Bilhões para a OpenAI e uma nova “dupla dinâmica” da IA

Se tem um bilionário que gosta de investir em empresas com potencial de mudar o mundo, esse cara é Masayoshi Son, CEO da SoftBank. Ele já despejou bilhões na Uber, no WeWork (e perdeu feio — veja a série WeCrashed para entender), no Slack, e agora está de olho na OpenAI.

Segundo o Wall Street Journal, Son está disposto a investir até US$ 43 bilhões na OpenAI, reforçando sua presença no mercado de inteligência artificial. Como diria o Terra Samba: Nada Mal.

Com isso, Sam Altman (o CEO da OpenAI) ganha um belo caixa para construir um escritório com um tobogã gigante, um PS5 e, claro, acelerar o desenvolvimento de novos produtos de IA — além de não depender tanto do dinheiro da Microsoft.

A ideia do investimento é desenvolver um sistema de agentes de IA chamado “Cristal Intelligence”, voltado para empresas. Se der certo, a OpenAI pode se consolidar ainda mais como líder do setor – mas a concorrência não está parada. Google, Amazon e a própria Microsoft seguem investindo pesado em IA.

Luo Fuli: a engenheira mais disputada do mundo

Quem acompanha o mercado de IA já ouviu falar da DeepSeek, a startup chinesa que tem dado dor de cabeça para a OpenAI. E por trás dessa ascensão meteórica, um nome se destaca: Luo Fuli, uma engenheira de 29 anos que se tornou uma das profissionais mais disputadas do mundo.

Formada na Universidade de Pequim e especialista em Processamento de Linguagem Natural, Luo publicou oito artigos na Association for Computational Linguistics (ACL), a principal conferência global da área. O impacto foi imediato: choveram propostas de grandes empresas, e ela escolheu o Alibaba.

Em 2022, Lei Jun, CEO da Xiaomi, tentou tirá-la de lá com uma oferta de US$ 10 milhões. Mas ela recusou – tinha planos melhores. Tirou um sabático de uma semana (era o que dava) e, na volta, mandou uma mensagem para Liang Wenfeng, CEO da DeepSeek: “Vamos mudar o mundo e mostrar para a OpenAI que somos melhores?” Ele respondeu: “Bora.

E foi exatamente isso que ela fez. Hoje, a DeepSeek é assunto no mundo todo, e Luo Fuli está no centro da revolução da IA. Parabéns, Luo. Você venceu. Sou seu fã! 

Satya Nadella e o Paradoxo de Jevons

Pra fechar a semana, trago um post do nosso querido (nem tanto) Satya Nadella, CEO da Microsoft, sobre o Paradoxo de Jevons (que, confesso, sempre leio mentalmente como “xovens”).

Aparentemente, o conselho da Microsoft está no pé dele: “E essa grana toda em IA, hein, filhão?” E a resposta veio em forma de post no LinkedIn e no X. O paradoxo, basicamente, diz que quando algo se torna mais eficiente, em vez de usarmos menos, acabamos usando mais.

Um exemplo prático: seu carro passa a fazer o dobro de quilômetros por litro de gasolina. Em vez de economizar, você começa a rodar mais, fazer mais viagens e, no final, pode até gastar mais combustível do que antes.

E ele tem um ponto. O DeepSeek está mostrando que dá pra fazer IA mais barata, mas isso não significa que IA vai movimentar menos dinheiro — pelo contrário, mais gente vai usar. Mas seguimos acompanhando. Por hora, vou usar as minhas IAs para trabalhar menos. Até logo!

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Créditos das imagens de capa: Kosuke Okahara/Bloomberg | Reprodução/Google Scholar | Dimas Ardian/Bloomberg.

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Rafael Martins
Rafael é um dos maiores estudiosos do mercado de comunicação no Brasil. Atuou por muitos anos no varejo e agências, ministrando aulas em diversas escolas e universidades do país. É também palestrante em diversos eventos no país.
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