Parece teste do Buzzfeed, mas não é. Eu juro.
A reflexão de hoje vem a partir de uma experiência com trilhas. Vou resumir o que aconteceu:
Eu e alguns amigos, resolvemos, em uma manhã de sol em Florianópolis, fazer uma trilha.
O problema: o histórico de atleta está há muito tempo no passado. Então, quem diria que uma trilha com subidas intensas no sol seria exaustiva pra gente? Eois é, no fim das contas (e do dia), estávamos todos exaustos e com uma dor no corpo que dura até hoje.
Mas a culpa não é só da trilha, a gente também não se adequou a ela, àquele cenário. Talvez você já tenha percebido onde quero chegar, mas antes de continuar eu preciso dizer: faça trilhas. Mesmo se der errado, vai dar certo no final. Sempre vale a pena.
É preciso se adequar
Sem se ofender, você pode tudo sim, mas para algumas coisas, você precisa se adequar. No marketing também é assim, assim como em nossas vidas. E é este paralelo que quero trazer para reflexão neste texto hoje.
Por exemplo, não adianta uma empresa de fast food querer ser fitness e falar com esse público. algo de errado não irá estar certo, não acha?
A famosa brand persona (persona da marca), que busca traduzir a mensagem da empresa ao mercado e público-alvo, considerados os valores e o tipo de relacionamento que a marca deseja desenvolver para se tornar referência.
A nossa head de conteúdo (da paes.digital), Nanda, sempre pergunta:
“Como é que tu define o tom de voz?”
“Se ela fosse uma pessoa, como ela falaria?”
O tom de voz é a forma com a qual as empresas vão se comunicar pro resto da vida. Essa linguagem, também precisa ser adaptada aos canais que ela vai usar. Porque, além do tom de voz da marca, existem as características daquela plataforma.
Não adianta uma empresa super tradicional, e que sempre usou uma linguagem formal, querer ir pro twitter ser cool. Isso não faz parte do jeito dela. Porque acima de tudo, o tom de voz respeita o que a empresa é.
Em constante adaptação
Claro que sempre precisamos lembrar que as empresas são mutantes, elas estão, como o próprio Share sempre diz, em constante movimento. Entendendo, testando, se ajustando. E isso vai desde a gente se adaptar a canais, e-mail, facebook, instagram, redes sociais em si, até reuniões. De funcionários a parceiros ou fornecedores.
Um amigo, Ricardo Rocha, da Energia das Marcas, fala muito sobre isso, aliás. Ele diz que a marca é tudo que ela representa em todos os pontos de contato. E olhando pra gente, também dá pra fazer essa reflexão, não acha?
Nós também somos aquilo que comunicamos para os outros, a forma como agimos quando estamos com outras pessoas. Eu recordo uma conversa que eu tive com outro grande amigo meu, o Marcus Rossi, CEO da Gramado Summit, onde ele fala sobre o comportamento dele de querer começar a falar menos palavrão.
Escutando aquilo, eu pensei, ‘cara, eu posso também tentar mudar meu linguajar, principalmente porque eu tenho uma filha que é uma esponja e repete tudo que eu falo’. Que tipo de linguajar eu quero que ela comece a aprender com 2, 3 anos?
Por isso que, enquanto pessoas, eu acho que a gente também tem que se adaptar e saber que aquele “nós” de ontem não precisa ser o “nós” de amanhã. A gente vai mudando, a gente vai se adaptando, vai entendendo, e se ajustando.
Assim como uma marca que se adapta a canais, se adapta ao mercado, se adapta a persona, ao cliente dela, a gente se adequa a comunidade e ao ambiente que a gente está inserido.
Essa reflexão toda, é pra dizer que no fim, a gente pode mudar.
As empresas podem mudar.
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